CCs e PMDB. Disputa apertada para Fepam e zebra grandona na coordenadoria de Habitação
É assim: a Executiva Estadual do PMDB decidiu que as coordenadorias regionais fariam assembléias. Nela, escolheriam os nomes a serem indicados para uma possível nomeação em funções gratificadas ou cargos de confiança regionais. Diz-se possível, porque depende de negociação com outros partidos que compõem o governo.
Quer dizer: ser indicado por uma região não é nomeação garantida. Apenas um nome a ser discutido com os aliados. Antes de falarmos do colóquio pra lá de animado que aconteceu na noite desta quinta-feira, em Santa Maria, tomemos um exemplo concreto. A sigla, no centro do Estado, decide sugerir Fulano de Tal para a coordenação X. Só que, no rateio de cargos, a coordenação X é destinada ao PSDB. Pronto, dançou o Fulano de Tal.
Dito isto, vamos ao que ocorreu de principal, na assembléia peemedebista regional desta noite. Alguns nomes foram aclamados, e vão subir para Porto Alegre. Um, com 99% de chances de ser chancelado pelo governo, é José Viegas, para a Superintendência da Corsan. Outro, com menos de 1% de possibilidades de ser acatado, é o de Márcia Estivalet, para a Coordenadoria de Educação. A menos, claro, que Yeda Crusius rasgue a exoneração publicada no Diário Oficial no primeiro dia de governo. Se bem que aqui se trata de política, um local onde o impossível não existe.
Houve briga por duas indicações: na coordenadoria de Obras, Admir Ruviaro, de Faxinal do Soturno, foi o ungido. Na coordenadoria de Saúde, a vereadora Dalva Medeiros, de São Francisco de Assis, conquistou a vaga a ser disputada com outros partidos – e o PP, por exemplo, está louquinho pela vaga que seria de José Farret, se ele quisesse.
E houve uma quase carnificina por duas funções. Numa, foi goleada: o desafiante (com chances pouco menos que nulas de ser confirmado) foi Adelar Vargas dos Santos, assessor do vereador Cláudio Rosa. Foram 32 votos contra 26. Um fiasco numérico de Odair Acosta, o atual ocupante do cargo, descartado pelos companheiros de partido, na região.
Noutra, bem, noutra, para a coordenação regional da Fepam, aconteceu até discussão sobre um voto anulado pela organização da assembléia (os coordenadores das regiões Centro, Quarta Colônia e Vale do Jaguari), porque não tinha a rubrica dos condutores do processo.
E aí? Bem, aí que deu empate: 29 a 29. E aí que o voto anulado era de Haroldo Pouei, o atual coordenador. O outro, até ontem considerado favorito, era Enio Burtet, de Tupanciretã.
COMENTÁRIO CLAUDEMIRIANO: o que você leu acima foi a notícia. O que não está nela é a causa da reviravolta. Até ontem, ou anteontem, era considerada uma barbada a escolha, pelos peemedebistas regionais, de Enio Burtet para a Fepam e Odair acosta para a Habitação.
O que aconteceu? Pouco depois do meio dia de ontem, aqui mesmo você já tomava conhecimento de um fato: o favoritismo, pelo menos de Burtet, não era mais tão acachapante. Ele, e seus aliados, especialmente a direção local do PMDB, tentavam já reverter a situação considerada difícil. E acabaram conseguindo, tanto que, não fosse o voto anulado, Haroldo Pouei teria vencido.
Mas, e o caso de Adelar Vargas dos Santos que, guardadas as devidas proporções, deu uma sova de votos em Odair Acosta? Aí, e só estando lá (como eu estive) para saber: ficou evidente a união de dois adversários: Tubias Calil e Cláudio Rosa. Eles jogaram juntos tanto a favor de Pouei quanto de Adelar. E venceram. Sozinhos, perderiam.
O que vai acontecer agora? Não sei. Mas tenho um palpite. A divisão vai se acentuar no PMDB regional e em Santa Maria. Ao ponto de se chegar a um bate-boca espertíssimo, testemunhado por este que vos escreve, envolvendo Marcelo Acosta, prsidente da JPMDB, e Cláudio Rosa. O primeiro declarou que será candidato a vereador em 2008. E pegará a última vaga, exatamente a de Rosa. Que coisa! Que coisa!.
Ah, conforme testemunhou um privilegiado assessor de Tubias Calil, um gaiato que estava por perto disse: isso se o PMDB fizer quatro vereadores, como em 2004.
Que coisa! Que coisa!
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