Tarso não é mais candidato à Presidência Nacional do PT. Mas, mesmo que não diga, a candidatura ao P
“Não está na agenda a questão de 2006. Nossa agenda é de reconstrução do partido. Nós não estamos pensando em sucessão estadual agora. Se nós estivéssemos, estaríamos colocando nossos interesses acima dos interesses do partido”.
As frases acima foram ditas hoje à tarde, em Porto Alegre, por Tarso Genro, presidente interino do PT Nacional, na entrevista coletiva em que anunciou não ser mais concorrente a Presidente Permanente da sigla.
Genro não conseguiu seu intento de retirar da chapa que liderava, o deputado federal ex-ministro José Dirceu. E, como havia prometido, saiu ele mesmo. Pretende, no entanto, completar o seu mandato até metade de setembro, quando acontece o pleito interno dos petistas em níveis nacional, estaduais e municipais.
“É uma questão de conceito de chapa e nesse conceito predominou a visão do antigo grupo majoritário, que eu respeito mas que eu não tenho identidade política, nem identidade estratégica“. Essa foi a explicação para a retirada de seu nome.
Tergiversou, ou não afirmou categoricamente, mas a tendência é que acabe apoiando Ricardo Berzoini, como ele ex-ministro do Presidente Lula e que, é a tendência, deverá ser confirmado como seu substituto no comando da chapa do chamado Campo Majoritário.
COMENTÁRIO MEU: A grande questão é o que vai fazer Tarso Genro agora, ou depois da eleição de setembro? Abandonar a política é que certamente não vai. Pelo menos por vontade própria. E ele deixou claro isso hoje, na entrevista em Porto Alegre.
Então, que fará Tarso? Penso que o óbvio. Além de apoiar Estilac Xavier, o candidato de seu grupo político à presidência estadual do PT, e dependendo do resultado do pleito gaúcho, poderá reivindicar a candidatura ao Palácio Piratini.
Ao Senado? Dificilmente. Afinal, o oponente é Pedro Simon, candidato mais do que favorito à reeleição. À Câmara Federal? E Paulo Pimenta, fiel aliado e escudeiro?
Enfim, não resta outra coisa, exceto competir com Olívio Dutra pela vaga na disputa ao Piratini. Isso ou voltar à advogacia. Ou há outra alternativa, que eu desconheça? Ajude-me, internauta, a decifrar esse mistério.
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