Por MAIQUEL ROSAURO (com imagens de Reprodução), da Equipe do Site
Diversos relatos de assédio e abuso sexual contra estudantes de Santa Maria, publicados nas redes sociais, serão alvo de um inquérito da Polícia Civil. As denúncias começaram no final de semana, em uma conta no Instagram e logo repercutiram no Twitter. Nesta terça-feira (23), uma escola da rede privada informou, via Facebook, o afastamento de um professor que, suspostamente, possuiria relação com alguns dos casos divulgados.
Conforme o delegado regional de Polícia Civil, Sandro Meinerz, não foi feito nenhum registro oficial sobre o caso.
“Nós não tínhamos recebido nenhuma denúncia. Agora vamos investigar. Como os fatos relatados na internet são graves, foi instaurado um inquérito policial”, explica Meinerz.
O perfil no Instagram que divulgou os relatos de assédio e abuso sexual contra adolescentes não informa a escola e nem o nome do professor que teria cometido os atos. Porém, no Twitter o assunto gerou diversas postagens, inclusive com a citação de casos que envolvem outros docentes em cursinhos pré-vestibulares e escolas de Santa Maria.
A repercussão aumentou quando o Colégio Marco Polo divulgou duas notas. Na primeira, direcionada à comunidade escolar e assinada pelo presidente da Associação Educacional Marco Polo, José Luiz Martins Nunes, informa que um docente foi afastado de suas funções.
A mesma nota também alega que não há como fiscalizar cada indivíduo da comunidade escolar.
“Como uma instituição que lida com uma comunidade de duas mil pessoas vai fiscalizar atitudes individuais de cada um? Estamos vendo diariamente políticos, membros de Casas Reais europeias confessar desvarios de toda natureza. Não há como controlar, mas há como reparar e é o que estamos fazendo, investigando e pesquisando minuciosamente os fatos”, diz trecho do comunicado.
O informativo gerou inúmeras críticas e foi deletado pelo colégio. A instituição, no lugar, postou uma nota de esclarecimento no qual reafirma o afastamento do professor.
“O Colégio Marco Polo se solidariza com todas as vítimas e presta total apoio às mesmas, além de incentivar aquelas que quiserem colaborar com as investigações”, diz trecho da nota.
Outro lado
O Site entrou em contato com o professor afastado do Colégio Marco Polo, que preferiu não se manifestar neste momento. A família do docente, porém, informou que ele se afastou da escola a seu pedido para não atrapalhar as investigações e preservar a imagem da instituição.
Que absurdo. Ao invés de pedir desculpas a direção da escola primeiro se defendeu atacando.
Insensibilidade em alto grau.