Por MILENA DIAS (texto e foto), Especial para o Site (*)
Não está sendo fácil manter um comércio em tempos de pandemia. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as lojas de varejo do Brasil tiveram uma queda de 2,5% nas vendas em março desse ano em relação a fevereiro. Essa porcentagem foi tão alta que não acontecia desde março de 2003 no país, quando houve uma queda de 2,7% no mesmo período.
Esse resultado ocorreu em razão do isolamento da população por causa do novo coronavírus. A maioria das pessoas tem evitado sair nas ruas para fazer compras e estão saindo somente quando necessário. As áreas de varejo que mais sofreram quedas nas vendas foram os tecidos, vestuário e calçados, com queda de -42,2% e produtos de papelaria com -36,1%, segundo o IBGE.
Fabiula Zanini Najar, proprietária da loja Graúna Moda e Assessórios, de Santa Maria, por exemplo, aderiu à ideia de vendas online, para enfrentar o problema. A lojista até criou um Instagram para a empresa a fim de aumentar as vendas. “Fizemos também um grupo no WhatsApp para as clientes que queriam receber as novidades, e assim chamá-las para a loja”, relata.
A proprietária explica que a empresa já existe há 42 anos e nunca precisou ser fechada, mas com o início da pandemia, isso aconteceu por 25 dias. Assim que as portas foram abertas novamente, em 30 dias de venda já foi possível conseguir 50 por cento do faturamento. “Estamos positivos e com certeza tudo vai passar e voltar gradativamente as vendas”, acredita Fabiula.
Devido a esse momento de pandemia, os comerciantes foram desafiados a mudar a maneira de vender um produto. A situação atual está exigindo criatividade e estratégia dos lojistas. Até fazer alguns ajustes nos preços dos produtos é uma opção. “O que conseguimos foi honrar todos os pedidos. Conseguimos um melhor preço pelos pagamentos à vista e por isso chega ao consumidor um melhor custo benefício”, informa a dona da Graúna.
A empresária relata ainda que a loja é uma empresa tradicional e possui parceiros e clientes de longa data. Em razão disso, é possível realizar o que o consumidor precisa ou deseja. Isso é uma maneira de tornar as coisas mais fáceis para ambos os lados. “Dentro deste quadro estou positiva, sei o potencial da nossa empresa, que é forte e sólida e sempre com os pés no chão”, expõe.
Fabiula acredita que todos devem ser otimistas nesse momento difícil que estamos passando. “Acho que tudo na vida tem algum sentido, tenho certeza que algum aprendizado vamos tirar de tudo isso, mas temos que criar algo novo e diferente, sair da zona de conforto, e ser positivo, correr atrás, e assim tudo vai dar certo e em seguida o faturamento crescer ainda mais”, confia.
(*) Milena Dias é acadêmica de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site
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