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COLUNA. José Mauro Batista e a campanha eleitoral superdesafiadora, em que o contato físico não existe

Adeus ao tapinha nas costas!

Por JOSÉ MAURO BATISTA (*)

Se alguém ainda tinha alguma dúvida de que, depois de 2018, as campanhas eleitorais seriam predominantemente digitais, certamente não tem mais nenhuma. A pandemia sepultou de vez velhas estratégias de pedir votos e de tentar convencer o eleitorado. Práticas antigas como caminhadas, bandeiraços, aperto de mão, beijos e abraços não serão mais possíveis. Chegou a hora de dizer adeus ao velho tapinha nas costas.

O medo de contaminação que tomou conta de boa parte da sociedade e as regras de distanciamento social começaram a moldar as estratégias eleitorais desde o início do ano, quando o novo coronavírus se tornou ameaça real. Sem poder realizar encontros presenciais, os políticos apelaram para as “lives”. E tem “live” todo santo dia para debater os mais diferentes temas, conforme o nicho eleitoral do pretendente. Twitaços, entrevistas, podcast e até comícios virtuais substituirão o que se fazia antes.

Muitos marqueteiros ainda não arriscam previsões de como será a campanha deste ano, com exceção do fato de que ela não será como antigamente. Para alguns, rádio e TV (horário eleitoral) terão papel fundamental, enquanto para outros, as redes sociais é que comandarão o espetáculo. Há, ainda, quem ache que as várias plataformas vão ter o mesmo grau de importância a depender da tática e da estratégia de cada concorrente.

ADIÓS, SANTINHO

Tradicional mídia de campanha, o santinho de papel deverá ser substituído pelo santinho eletrônico, assim como a cola de papel também terá sua versão digital. Eleitores mais cautelosos certamente não se arriscariam a pegar propaganda impressa. Apostar nessa mídia é temeroso e equivale a jogar dinheiro fora em um período de vacas magras.

O corpo a corpo com o eleitor e as visitas de porta em porta também entram no rol de coisas do passado. O grande desafio dos candidatos, principalmente a vereador, será chamar a atenção do eleitor em um oceano de informações que é esse emaranhado de redes sociais. Valerá à pena investir em bons profissionais de comunicação, sobretudo que entendam de marketing eleitoral.

O eleitorado cria seus próprios filtros para selecionar aquilo que ele pretende consumir em termos de informação digital – seja vídeo, texto, áudio, animações, etc… – e na campanha para prefeito e vereador não será diferente.

Nesse ambiente hostil das redes sociais, vencerão aqueles que souberem melhor se comunicar por meio dessas novas mídias. O processo de seleção digital naturalmente agirá, eliminando aqueles menos adaptados a esse novo ambiente, salvo raríssimas exceções.

SAÚDE E EMPREGO

Aqueles que não tiverem dinheiro para encomendar os serviços de institutos de pesquisa terão que apelar para o seu feeling político para detectar ruídos de comunicação e corrigir rumos. Vencerão aqueles que falarem a língua do eleitor, principalmente os segmentos mais espancados pela crise e pela pandemia.

Atenção, candidatos! Temas como saúde pública e emprego serão as prioridades dos eleitores, conforme já detectam pesquisas de opinião em nível nacional. Afinal, nem tem como ser diferente. Além da forma, o conteúdo a ser veiculado nas redes sociais terá peso fundamental na hora em que o cidadão for digitar sua preferência na urna eletrônica.

Afora disso, há que lembrar que, já nestas eleições, não são mais permitidas as coligações proporcionais (para vereador). Enfim, o pleito de novembro deste ano será completamente diferente dos anteriores. Com vantagem para aqueles que já têm presença no ambiente digital, sejam eles atuais mandatários ou não.

Diante de um mar de incertezas, a única coisa certa é que o tête-à-tête com um eleitor mais exigente se dará sem o tradicional contato físico. E isso não é para amadores.

(*) José Mauro Batista é jornalista. Até recentemente, editor de Região do Diário de Santa Maria. Antes foi repórter e editor do jornal A Razão. Escreve no site semanalmente, aos domingos.

Observação do Editor: A imagem que ilustra esta coluna é uma reprodução obtida na internet.

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Um Comentário

  1. Bom dia !
    Muito bem analisado o atual momento político.
    E o marketing eleitoral deverá se adequar ao que se pode chamar da transição de uma democracia “analógica” para uma democracia “digital”. Um outro efeito será percebido nos partidos “analógicos”. Ficarão para trás.
    Um abraço Zé !

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