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COMPORTAMENTO. Prática de exercícios é algo bom, mas em excesso pode se tornar vício e até em doença

Vanuza Weide Militz vai à academia de segunda-feira a sexta e treina durante uma hora e 15 minutos. Ela diz que já faz parte de sua vida

Por MILENA DIAS (com fotos de Arquivo Pessoal), Especial para o Site (*)

Fazer exercícios físicos em casa ou em uma academia é uma ótima opção para quem pretende melhorar a sua saúde física e mental. Porém, tudo que é demais pode causar problemas. Em um país em que a taxa de obesidade da população está cada vez mais alta, existem também as pessoas que são viciadas em exercícios físicos.

De acordo com um estudo feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), 8% a 12% das pessoas do mundo possuem uma dependência por esportes. Ficar viciado em exercícios físicos, como corrida, academia ou musculação, pode afetar seriamente o corpo e a mente do indivíduo causando uma doença chamada vigorexia.

Vanuza Weide Militz é auxiliar de veterinária e acadêmica em educação física. Ela vai à academia de segunda a sexta e faz exercícios durante uma hora e quinze minutos. A estudante fica frustrada quando não pode ir. “Quando não posso ir é entediante porque lá é o lugar que minha mente descansa e meu corpo trabalha e quando está fechada aí complica, porque me sinto dependente da academia até para minha autoestima.

Vanuza relata ser uma mulher com a autoestima elevada e hoje, com a pratica de exercícios físicos diariamente, se sente uma nova pessoa, diferente da que era tempos atrás. Quando perguntam se a academia é um vício ela responde: “não diria vício, mas sou uma mulher que precisa da academia porque virou minha rotina e já faz parte da minha vida”.

Além de fazer academia, a estudante destaca que não segue uma dieta severa, mas procura sempre se alimentar de forma correta, comendo frutas, legumes e verduras. Com relação ao excesso de exercícios, Vanusa relata: “com certeza, tudo que é em excesso faz mal, tanto academia quanto dietas isso precisa ser acompanhado por um profissional, precisa ser tudo moderado”.

VIGOREXIA

Conforme a nutricionista Mileni da Silveira Fernandes Rosa, a “vigorexia” ocorre quando a pessoa tem uma insatisfação com seu corpo. Esse desprazer acaba gerando a prática exaustiva de exercícios físicos para chegar ao corpo idealizado. Essa doença também “pode estar associada a transtornos alimentares como anorexia, uso de anabolizantes, dificuldades de relacionamento devido ao estilo de vida controlado ao extremo”, explica.

Existe um método para a cura da vigorexia. A profissional indica um tratamento multiprofissional acompanhado de médico, psicólogo e nutricionista. Esse tipo de tratamento é indicado porque o excesso de exercícios físicos pode causar fadiga muscular, como lesões por esforço além do limite.

É muito importante saber diferenciar a pratica de exercícios feita por prazer e de forma correta da prática excessiva de exercicios. “A principal diferença está nos objetivos. Você faz exercício por que te faz bem? Pela saúde? Por que precisa “pagar”? Por que você “precisa ficar maior”? Por que você “precisa gastar o chocolate”?”, esclarece a nutricionista.

“Procure rever alguns conceitos. Fazer exercício é bom e necessário para nossa saúde e cuidar da alimentação também é essencial na qualidade de vida, mas sempre que algo sai do equilíbrio, vai aos extremos, nos causa ansiedade, mal-estar, irritação, provavelmente está fazendo mais mal do que bem”, recomenda a profissional.

(*) Milena Dias é acadêmica de Jornalismo da Universidade Franciscana e faz seu “estágio supervisionado” no site

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Um Comentário

  1. Não tem CID ainda. Jogam lá no transtorno obsessivo compulsivo. Sintomas quais são? Na dúvida, quem esta habilitado para emitir diagnóstico?
    Resumo da ópera: se o leitor tiver que ir para o Google procurar mais informações ou confirmar alguma coisa o serviço do jornalista é deficiente.

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