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KISS. Peritos entram na boate e recolhem resíduos. Familiares fazem protesto. Nesta quarta, depoimento

Peritos do IGP estiveram dentro da boate cujo incêndio provocou a morte de 242 jovens
Peritos do IGP estiveram dentro da boate cujo incêndio provocou a morte de 242 jovens

Recomeçaram nesta terça-feira as atividades relativas ao processo criminal da Kiss. Uma equipe de peritos esteve no local recolhendo resíduos, atendendo a um pedido da defesa de dois réus e acolhida pelo judiciário. No local, mais uma vez houve manifestação de familiares das vítimas. E nesta quarta-feira acontece mais uma audiência, no Fórum. Será ouvida a testemunha Josy Maria Gaspar Enderle, engenheira cujo depoimento deveria acontecer em dezembro.

Para saber mais de tudo o que aconteceu na tarde passada, vale conferir o material produzido pela equipe do jornal A Razão – que traz amplos detalhes na sua edição que daqui a pouco começa a circular. Acompanhe trecho da reportagem de Tiago Baltz, com fotos de Deivid Dutra. Lá embaixo você encontra também outras sugestões de leitura. A seguir:

Do lado de fora dos escombros da Kiss, o protesto de integrantes do Movimento do Luto à Luta
Do lado de fora dos escombros da Kiss, o protesto de integrantes do Movimento do Luto à Luta

IGP recolhe resíduos na Kiss

…Às 13h15 desta terça-feira, a boate Kiss foi aberta para que 14 pessoas, entre peritos, auditores, representantes de réus e da acusação no processo criminal da tragédia, acompanhassem o recolhimento de materiais do local.

O objetivo, segundo determinação judicial, é garantir provas para possíveis análises futuras. Conforme pedido dos defensores dos réus Mauro Hoffman e Elissandro Spohr, o Kiko. Agora, a boate deverá ser novamente aberta somente para a limpeza e remoção dos escombros.

Do lado de fora da casa noturna, palco do incêndio de 27 de janeiro de 2013, onde morreram 242 pessoas e mais de 600 ficaram feridos, um grupo de familiares e amigos de vítimas, alguns ligados ao movimento Santa Maria Do luto à Luta, esticaram faixas de protesto contra o andamento do processo e criticaram a ação.

 “Essa manifestação é um alerta aos técnicos que estão realizando este trabalho e, principalmente, ao Ministério Público, para demonstrar que estamos vigilantes diante do caso e que permaneceremos atentos. Entendemos que essa coleta é uma estratégia de defesa para atrasar ainda mais o processo”, declarou Flávio José da Silva, um dos pais de vítimas que protestaram.

Lá dentro, por cerca de 2h20,foram recolhidos resíduos do forro (lá de vidro, gesso), resíduos de espuma, tinta da parede, isopor e alguns materiais plásticos e revestimentos de fios e cabos de luz.

O perito criminal Rodrigo Ebert Harsteln, responsável pela coleta, disse que o ambiente quase não se alterou deste as primeiras vistorias do IGP e que há pouco perigo em relação a resíduos tóxicos: “Tudo que são substâncias voláteis (tóxicas) já se dissipou, por isso, só foi necessário uso de mascaras por causa da poeira que poderia ser absolvida”, explicou.

O material retirado da boate foi colocado em sacos plásticos e lacrados e ficará guardado sob a reponsabilidade da 1ª Vara Criminal, a disposição das partes do processo. Tanto as defesas quanto o MP e a acusação podem solicitar perícias destas amostras ao longo do processo.

 A empresa Econ Empreendimentos Imobiliários Ltda, que é proprietária do imóvel da Kiss, será a responsável pela retirada dos escombros da casa noturna. O certo é que a limpeza, quando for realizada, deve preservar ao máximo o cenário do incêndio. O juiz Ulysses Fonseca Louzada, responsável pelo processo criminal da tragédia, não descarta que ainda seja feita uma reconstituição. Defesas dos réus já pediram ao magistrado para entrar na casa noturna, mas os pedidos foram negados.

A limpeza do local foi determinada com base em coleta feita em março de 2013. Profissionais do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest), sediado em Santa Maria, recolheram amostras de resíduos do interior da casa noturna e depois enviaram o material para análise da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), vinculada ao governo paulista. Os laudos da Cetesb relataram a presença de 17 produtos químicos no pó residual que está na Kiss. Foram encontrados ainda mais de 200 tipos de produtos tóxicos, muitos deles cancerígenos, o que impediria uma nova perícia no local e causaria risco a saúde da população.”

PARA LER OUTRAS REPORTAGENS DE ‘A RAZÃO’, CLIQUE AQUI.

LEIA TAMBÉM:

Movimento SM do Luto à Luta se manifesta em frente à Kiss, de Fritz Nunes, no sítio da Sedufsm (AQUI)

“A pedido da defesa, perícia recolhe material no interior da boate Kiss”, de Bernardo Bortolotto, da RBS-TV, no G1, o portal de notícias das Organizações Globo (AQUI)

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