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SAÚDE. Após morte alguma em dois anos, Síndrome Respiratória Aguda mata 74 em SM de março a junho

Por BRUNA HOMRICH (com imagens do Obervatório de Informações em Saúde da UFSM), da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)

Apenas durante os meses de março, abril, maio e junho, o Rio Grande do Sul registrou 2.042 óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Em todo o ano de 2019, o número de óbitos pelo mesmo motivo ficou em 129. Isso significa que, do ano passado para cá, houve um aumento de quase 1.500% nas mortes por SRAG no estado.

Em Santa Maria, nesses mesmos quatro meses de 2020, foram registrados 74 óbitos por SRAG. Durante todo o ano passado, a cidade não havia contabilizado um óbito sequer em decorrência da doença. Nem em 2018.

E essa é a situação do Brasil como um todo. Junto ao aumento das mortes por Covid-19 – que, nesta segunda-feira, 20, totalizaram 79.533 -, cresce espantosamente o número de óbitos pela SRAG. Esses números estão apontados no estudo mais recente publicado pelo Observatório da Covid-19 na UFSM, iniciativa que reúne pesquisadores das mais diversas áreas do conhecimento, a exemplo de Rivaldo Faria, docente do departamento de Geociências, para quem os números relacionados à SRAG no ano de 2020 são “astronômicos”.

Ele explica que, desde 2009, em decorrência do vírus Influeza A (causador da gripe H1N1), o Ministério da Saúde mantém uma plataforma digital para monitorar as internações hospitalares e os óbitos por SRAG. Alguns anos depois, a plataforma expandiu seu escopo de análise, passando a mapear, também, outros tipos de vírus, a exemplo do adenovírus e do parainfluenza. Este ano, ainda no mês de fevereiro, a plataforma incluiu o monitoramento do SARS-CoV-2, causador da Covid-19.

A partir desta plataforma, diz Faria, vem sendo possível compreender que os óbitos por SRAG no Brasil têm aumentado significativamente. A hipótese é de que boa parte desses óbitos tenha como agente causador o vírus responsável pela Covid-19. Acompanhe AQUI o trabalho do Observatório da UFSM.

Evolução da SRAG no RS

Em 2019, o estado registrou 129 óbitos por SRAG. Em 2018, 97. Em 2017, 112. Em 2020, junto à pandemia de coronavírus, esse número aumentou para 2.042. Desses óbitos registrados ao longo de março, abril, maio e junho deste ano, 617 (registrados até o final de junho) foram classificados como decorrentes da Covid-19. Isso quer dizer que, nessas 617 pessoas que faleceram, foram realizados exames que detectaram a doença e levaram a que essas mortes fossem oficialmente registradas como em decorrência da pandemia. Então, o número de mortes por Covid-19 está dentro do número de mortes por SRAG, uma vez que a primeira também é uma síndrome.

Ainda que se subtraia, desses 2.042 óbitos, os 617 (até final de junho) atribuídos oficialmente à Covid-19, ainda restam 1.425 óbitos por SRAG no estado. Desses 1.425, 4 foram ocasionados por Influenza (provavelmente H1N1) e 9 têm outros agentes etiológicos. Contudo, ainda assim, restam 1.412 casos de óbitos por SRAG no estado. Óbitos que não tiveram seus agentes etiológicos (ou seja, agentes causadores) especificados.

“Tudo indica que boa parte desses 1412 óbitos possam ter sido ocasionados pela Covid-19, não tendo sido registrados como Covid-19, mas apenas como síndrome.  Na verdade, o que temos é uma subnotificação muito grande por falta de exame nos casos de óbitos provocados por SRAG. O caminho que estamos indicando para o estado e o município é de que seja feito o exame dos óbitos. Precisamos aumentar o número de exames para determinar com precisão qual é o agente etiológico da síndrome respiratória. Nossa hipótese é de que esse agente, bem possivelmente, seja a Covid-19, já que o aumento no número de mortes por SRAG é anormal, a não ser que a gente tenha outro vírus circulando no estado, o que é improvável. O único vírus que não existia nos anos anteriores é o vírus da Covid-19”, comenta o docente e integrante do Observatório. Ele acrescenta que o número de mortes por SRAG em 2020 é “astronômico” em relação aos anos anteriores não só no Rio Grande do Sul, mas no restante do país. “O Brasil todo precisa aumentar sua capacidade de testagem dos óbitos por SRAG”.

Dadas as limitações existentes, o  Observatório da UFSM restringiu sua análise à questão dos óbitos por SRAG, excetuando os casos de internação que resultaram em pacientes recuperados.

Evolução da SRAG em Santa Maria

Faria ainda comentou, a partir dos mapas formulados pelo Observatório, a respeito da situação de Santa Maria. O município, que ao longo de todo o ano de 2019 não havia registrado nenhuma morte por SRAG, contabilizou, só entre os meses de março, abril, maio e junho deste ano, 74 óbitos devido à síndrome. Esse número, em 2017, havia sido de um óbito; em 2016, de 6; em 2015, de um.

Desses 74 óbitos por SRAG ocorridos até o final do mês de junho devem ser descontados os 21 óbitos por Covid-19. Ainda assim, restariam 53 mortes pela síndrome que necessitariam de serem melhor investigadas, uma vez que a elas não se atribuiu nenhum agente etiológico…”

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