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COVID. Infectologistas gaúchos emitem uma nota de alerta para “grave situação epidemiolótica” no Estado

Entre os que assinam o documento, o santa-mariense Alexandre Vargas Schwarzbold, presidente da entidade que representa os infectologistas gaúchos

Um documento que está, definitivamente, chamando a atenção e pondo muitas autoridades em “prontidão”. Assim é a “Nota de Alerta” emitida ontem, domingo, pela “Sociedade Riograndense de Infectologia”, que reúne os medicos dessa especialidade no Rio Grande do Sul. Aliás, seu presidente é o santa-mariense Alexandre Vargas Schwarzbold, que, entre outros, assina o material.

E o que os infectologistas gaúchos querem dizer? Confira você mesmo lendo a íntegra do documento. A foto é de Reprodução/Facebook. A seguir:

NOTA DE ALERTA SOBRE A GRAVE SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA COVID-19 NO RS

Porto Alegre, 12 de julho de 2020.

  • Conforme dados oficiais da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o Rio Grande do Sul atingiu mais de 35 mil casos de COVID-19 e mais de 800 pessoas perderam a vida;
  • Em Porto Alegre, foram confirmados mais de 4 mil casos e pelo menos 141 pessoas já morreram devido a COVID-19. No último mês houve um crescimento de 3 vezes do número de casos confirmados e mortes, sendo que o total de óbitos por COVID-19 duplicou nas duas últimas semanas;
  • A epidemia está em crescimento acelerado no Rio Grande do Sul, determinando impacto na capacidade de atendimento hospitalar, particularmente em Unidades de Terapia Intensiva;
  • A velocidade de propagação da epidemia gera demanda adicional ao sistema de saúde que já enfrentava sobrecarga prévia ao surgimento da epidemia, impactando na assistência a outras doenças.
  • A diminuição de recursos humanos por adoecimento de profissionais de saúde é uma realidade e agrava ainda mais a situação dos hospitais.

Neste momento crítico da pandemia é essencial afirmar que:

1 – É preciso evitar exposições preveníveis à COVID-19, estabelecendo como prioridade a defesa incondicional da vida das pessoas;

2 – Entendemos que as medidas adotadas até o momento serão insuficientes para conter a pandemia que está evoluindo para um grave comprometimento do atendimento de pacientes com COVID-19 e daqueles que apresentam outras doenças;

3 – É essencial que todos setores da sociedade – gestores, setores empresariais e de trabalhadores – planejem, desde já, estratégias para que a população, sobretudo os grupos mais vulneráveis, consiga enfrentar medidas de isolamento mais rigorosas que serão necessárias para efetiva modificação da evolução da pandemia;

4 – Esperamos que medidas mais rigorosas sejam consideradas e organizadas antes do atingimento do colapso do sistema de saúde, cenário que acarretará diversas mortes evitáveis.

Diretoria da Sociedade Rio-Grandense de lnfectologia
Comitê 
ad hoc COVID-19

Comitê ad hoc COVID-19: Alexandre V. Schwarzbold, Alexandre Prehn Zavascki, Ronaldo Campos Hallal e Diego Rodrigues Falci.”

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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Um Comentário

  1. Sociedade Brasileira de Infectologia: ‘A função do infectologista, seja num consultório, clínica ou hospital, é, resumidamente, fazer diagnóstico clínico, promover medidas preventivas, tratar pacientes com infecções causadas por microrganismos e muitos casos são, em geral, encaminhados por outros especialistas.O objetivo do infectologista é investigar, propor uma terapia adequada e sobretudo prevenir processos infecciosos, além de analisar clinicamente o quadro em questão. Deve, ainda, acompanhar os pacientes para promover uma melhor qualidade para a saúde do paciente.’
    Definição de epidemiologia pinçada no site da UFSC, famoso apud :’ ‘“ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (ROUQUAYROL e GOLDBAUM, 2003).’
    Em algum existe o ‘determinar políticas públicas’? Não. Epidemiologia é o mesmo que infectologia? Não.

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