Da Assessoria de Imprensa do Sintical, com foto de Divulgação
“A carne mais barata do frigorífico é a do trabalhador”. Essa é a chamada principal da campanha deflagrada em todo o Brasil que o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas da Alimentação de Santa Maria e Região – Sintical lança nesta quinta-feira, três de setembro.
A campanha é uma parceria entre Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores da Alimentação – Contac-CUT, Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins – CNTA e Regional Latinoamericana de la UITA – REL-UITA, que denunciam a resistência das grandes empresas, com raras exceções, em adotar medidas de proteção à Covid 19 enquanto aumentam consideravelmente seus lucros durante a pandemia.
O lançamento da campanha é também uma manifestação da posição do Sintical, no enfrentamento do surto pandêmico que ocorre no Frigorifico Silva, empresa de carnes de Santa Maria que possui cerca de mil funcionários.
A direção do Sindicato registra que a entidade foi uma das primeiras instituições a sugerir protocolos e orientações para as empresas de alimentação. Em 21 de março, a direção do Sintical reuniu-se e já em 23 do mesmo mês divulgou as medidas e protocolos para enfrentar a pandemia, seguindo uma ordem de prioridades:
- A saúde dos trabalhadores;
- Manutenção dos empregos e viabilidade das empresas;
- A Remuneração, sem perdas.
O diretor do Sintical, Valdemir Corrêa, destaca que até mesmo o Banco de Horas, que é uma questão continuamente contestada pelo Sindicato, foi colocado em pauta. Algumas empresas seguiram as recomendações e até afastaram funcionários dos grupos de risco, como idosos, gestantes, portadores de doenças crônicas, entre outros, mantendo a remuneração do emprego. Esse também foi o caso do Frigorífico Silva, que acatou várias das recomendações e manteve ações positivas de cuidados na empresa.
Diante da preocupação com o surto em outras empresas do setor no estado e no país, o Sindicato passou a solicitar atualização semanal de dados do Frigorifico Silva. Até a primeira quinzena de agosto havia um cenário controlado, explica Corrêa; porém, a testagem em massa somente foi realizada na semana passada, e constatou o surto.
Segundo Corrêa, “o Sintical reconhece que o frigorífico cumpriu orientações da Vigilância Sanitária, do MPT e da Secretaria de Saúde; entretanto, exige que não haja omissão de dados”. Frente a esta situação, o diretor informa que a direção do Sindicato solicitou reunião com a direção do frigorífico, na última segunda-feira, dia 31 de agosto, todavia até agora a empresa não agendou.
O diretor informa ainda que, entre os trabalhadores do frigorífico citado, não houve casos graves; contudo, salienta a preocupação do Sindicato e a necessidade de diálogo por parte das empresas. Junto com as entidades que organizam a campanha, afirma: “entendemos que os frigoríficos integram os serviços essenciais de abastecimento da população, mas o lucro não pode se dar ao custo da saúde dos trabalhadores, como reiteradamente defendem governos e empresas mais voltados aos interesses econômicos”.
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