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Povo? Hehehe!. Na MP que prevê a compensação da CPMF, deputados defendem quem os financia

Tramita no Congresso a Medida Provisória que aumenta a “Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)”, que atinge diretamente as instituições financeiras. É daí que o governo pretende recuperar parte dos recursos perdidos com o fim da CPMF. Pois há 21 parlamentares que propuseram emendas à MP.

Até aí, tudo ok. Afinal, é um direito e uma função dos deputados. A questão ganha outro contorno quando se fica sabendo que os beneficiários das emendas são financiadores das campanhas desses edis federais. Juntos, foram quase R$ 4 milhões. É verdade que a maior parte dos parlamentares é da oposição. Mas há governistas, também, a provar que a “defesa do povo” é ecumênica.

Quem conta toda essa história é o Congresso em Foco, sítio especializado que publica reportagem especial sobre o tema. Ah, nenhum dos deputados é do Rio Grande do Sul. O texto é de Eduardo Militão, Lúcio Lambranho e Edson Sardinha. Confira:

 

“Benefícios para aliados

Ao todo, 21 parlamentares fizeram emendas à MP 413 que beneficiam setores que os ajudaram em suas eleições

O lobby do álcool não foi o único a mostrar a cara na discussão da Medida Provisória 413/2008, que aumenta a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras. Dos 46 parlamentares que propõem mudanças à MP, 21 apresentaram sugestões que beneficiam, ao todo, dez setores responsáveis pela injeção de R$ 3,84 milhões em suas respectivas campanhas eleitorais.

O principal beneficiário é o setor sucroalcooleiro, conforme revelou ontem (18) o Congresso em Foco, seguido do mercado financeiro. Alvo original da MP, as instituições financeiras foram contempladas com emendas propostas por seis parlamentares que delas receberam, juntos, R$ 814 mil nas últimas eleições. Eles defendem a derrubada do aumento da CSLL para os bancos.

O terceiro grupo econômico envolve os fabricantes, os importadores e os consumidores do papel imprensa. Quatro deputados, que receberam R$ 182 mil nas últimas eleições, propõem mudanças para manter isenções tributárias para o segmento.

Também merecem destaque três setores ligados ao agronegócio. Juntos, as indústrias de fertilizantes e de máquinas agrícolas e outros empreendimentos rurais colaboraram, em 2006, com R$ 1,19 milhão para a campanha de cinco deputados, que, agora, apresentam emendas com benefícios fiscais para o setor…”

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui  a íntegra da reportagem “Benefícios para aliados”, de Eduardo Militão, Lúcio Lambranho e Edson Sardinha, no Congresso em Foco.

 

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