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EDUCAÇÃO. Presidente do CPERS sugere, em rede social, que ‘deitaria no soco’ o governador do Estado

Publicação de Helenir Schürer foi feita no mesmo dia em que governo gaúcho divulgou o novo cronograma de volta às aulas no RS

Por MAIQUEL ROSAURO (com imagem de Reprodução), da Equipe do Site

A presidente do CPERS/Sindicato, Helenir Schürer, aceitou o desafio de um amigo no Facebook para listar dez pessoas famosas que ela “deitaria no soco”. Nesta terça-feira (1º) ela indicou que um dos alvos seria o governador Eduardo Leite (PSDB). A publicação foi feita horas depois de o Estado apresentar o novo cronograma de volta às aulas em meio a pandemia de covid-19, em que os primeiros a retornarem serão crianças de 0 a 5 anos.

A opção por ‘nocautear’ Leite reflete a insatisfação dos educadores com o tucano, que elegeu-se prometendo colocar os salários em dia, mas até hoje não cumpriu a promessa. Nas últimas semanas, a indignação cresceu com a pressão do governo em retornar às aulas, o que estava previsto para segunda-feira (31).

Na manhã desta terça (1º), em reunião com a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), o governo propôs um novo sistema escalonado, no qual os mais jovens voltam primeiro.

Pela PROPOSTA, a Educação Infantil retorna em 8 de setembro, o Ensino Médio e Superior em 21 de setembro, e o Fundamental entre 28 de outubro (anos finais) e 12 de novembro (anos iniciais). Contudo, a decisão final caberá aos prefeitos cujo municípios estiveram na bandeira amarela ou laranja do modelo de Distanciamento Controlado.

Em nota à imprensa, o presidente da Famurs e prefeito de Taquari, Maneco Hassen (PT), argumentou que ainda não há uma estrutura mínima para garantir que os protocolos sejam cumpridos.

“O Estado, que deveria ser o primeiro a nos dar segurança, só vai retornar daqui a 45 dias. Nós, municípios, teremos que fazer o experimento, o teste e correr o risco de ter alunos contaminados, enquanto o Estado espera e, se tudo der certo, voltar em 45 dias. Mais uma vez a responsabilidade fica com os prefeitos e prefeitas”, afirmou Hassen.

Já o CPERS divulgou nesta terça o estudo ‘Educação e Pandemia no RS: Consulta à Comunidade Escolar’, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A PESQUISA aponta que a covid-19 já contaminou educadores em 142 escolas da rede estadual. Além disso, 44% dos trabalhadores responderam que pertencem ao grupo de risco. Entre os funcionários de escola, que se aposentam mais tarde do que o Magistério, a proporção chega a 55%.

“Os dados reiteram a posição do Sindicato: qualquer calendário de retomada apresentado no atual estágio é precipitado. É preciso lidar com a pandemia primeiro e, só então, debater um retorno às aulas seguro”, alega o CPERS.

Experiência de Manaus

O Amazonas foi o primeiro estado a retomar as atividades presenciais nas escolas públicas. Os primeiros a retornarem à sala de aula foram os alunos do Ensino Médio regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), de Manaus, em 10 de agosto.

Duas semanas depois, 342 professores da rede pública (quase 10% do total de docentes) da capital amazonense testaram positivo para o novo coronavírus. A situação levou o governador Wilson Lima (PSC) a decretar adiamento por tempo indeterminado da retomada das atividades do Ensino Fundamental, que deveria ter recomeçado em 24 de agosto.

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