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EDUCAÇÃO. Em audiência pública, UFSM debaterá o “Future-se”, proposta do governo para universidades

Sessão do Consu, na manhã desta sexta, 27, na sala dos conselhos da UFSM. Do lado de fora, estudantes (sobretudo) fizeram manifestação

Por FRITZ R. NUNES (texto e foto), da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM

A sessão do Conselho Universitário (Consu) da UFSM na manhã desta sexta, 27, foi precedida de manifestação protagonizada majoritariamente por estudantes, mas também por técnico-administrativos e docentes, que exibiram cartazes em defesa da universidade e contra o programa Future-se. O objetivo principal da mobilização era pressionar para que o Consu se posicione, e de preferência contrariamente, à proposta do governo Bolsonaro.

Mais para o final da manhã, já no período das “comunicações”, que encerra sempre a sessão, o reitor Paulo Burmann consultou os membros do Conselho sobre uma reunião extraordinária para tratar exclusivamente do referido tema. Depois de várias intervenções, acabou sendo decidido que haverá uma audiência pública, com a participação da comunidade universitária, na quarta, 2 de outubro, às 8h30. O local ainda está sendo averiguado e posteriormente será divulgado.

No entendimento do reitor, o que deverá ser definido pelo Consu não é se haverá adesão ou não ao Future-se, mas sim um posicionamento sobre a minuta enviada pelo MEC. Burmann argumentou que, posteriormente, caso o governo envie por projeto de lei ou Medida Provisória ao Legislativo o programa, daí caberá ao Conselho se manifestar sobre a adesão. Segundo o reitor, representantes do Ministério da Educação teriam admitido recentemente, em reunião na Associação dos Reitores das Federais (Andifes), que precisam ouvir mais as instituições abrangidas pelo Future-se e assim construir um projeto de forma conjunta. Para Burmann, é possível, ainda, avançar na discussão com o governo.

A compreensão do dirigente da UFSM em relação à postura do MEC foi rebatida por alguns dos conselheiros, entre eles, o professor Claudio Dutra, do Centro de Educação. Para ele, fica difícil se aproximar, ou mesmo dialogar, com um ministro (Abraham Weintraub, da Educação) que tem se notabilizado em “atirar pedras” tanto na universidade quanto nos professores. Renato Santos Souza, do Centro de Ciências Rurais, ressaltou que o ‘Future-se’ é tão ruim que precisa ser rejeitado na integralidade, sem espaço para propostas alternativas, que apenas o remendem.

Liberação de recursos orçamentários

Aproveitando o período das comunicações na sessão do Consu, o reitor Paulo Burmann adiantou que há a expectativa que nesta sexta, ou no máximo segunda, seja liberado algum recurso, do total que estava contingenciado, para as universidades. Segundo ele, o valor anunciado pelo governo que será liberado é de R$ 1,9 bilhão para a educação. No entanto, não se sabe quanto caberá às universidades, e menos ainda, quanto cada uma delas receberá.

De qualquer forma, explicou Burmann, a liberação deve aliviar o estrangulamento financeiro da instituição, mas não o solucionará. Segundo ele, as prioridades já estão estabelecidas: repasse para a assistência estudantil; pagamento de empresas terceirizadas e pagamento da concessionária de energia elétrica. Frisou o dirigente que atraso no pagamento da luz causa pesada multa.

Adiantou também o reitor, que em breve deverá ser divulgado uma espécie de manual de orientação para o uso racional do ar-condicionado na instituição. Em relação ao Restaurante Universitário, Paulo Burmann asseverou que a mudança na gestão (que está sendo terceirizada) proporcionará redução de custos e melhora no atendimento. Ainda segundo ele, os valores economizados poderão ser usados em outras áreas prioritárias da UFSM.

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