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CampanhaEleições 2020

ARTIGO. Antônio Britto e a “carta” de um candidato tido como “suicida sincero”. E, desta forma, execrado

O triste fim de um candidato sincero, lamenta Britto

Por ANTÔNIO BRITTO FILHO, originalmente publicado no portal Portal360 (*)

“Bom dia, amigas e amigos.

Sou candidato, quero e preciso do voto de todos.

E para ajudar na decisão de vocês, antecipo aqui algumas coisas que penso, algumas coisas que gostaria de fazer se eleito.

Primeiro, eu acredito na política. Apesar da moda contra, a política segue sendo a única forma, na minha opinião, de mediar os conflitos naturais em nossa cidade, promover o diálogo e construir acordos e soluções. Então, o primeiro papel do prefeito tem que ser conversar e conversar muito com a população, claro, mas também com os vereadores, com os outros poderes. Acho que dá para fazer isso sem cair na corrupção que todos detestamos.

Segundo, eu não acredito em soluções simples. Sabem por que? Porque os problemas da cidade são muito antigos e complicados. E porque não existem recursos para fazer tudo ao mesmo tempo –prestigiar o funcionalismo, avançar na infraestrutura e, mais importante que tudo, melhorar saúde, educação, segurança.

Eu disse melhorar e não chegar ao ideal porque nenhum problema será resolvido em menos de três ou quatro diferentes mandatos, muito a fazer em pouco tempo e sem recursos.

Terceiro, e fundamental: as soluções além de não serem simples necessariamente vão custar algo para alguém. Se a população, por exemplo, não quiser corte nas despesas e nos privilégios de alguns funcionários, precisa concordar com aumento de impostos. Se não quiser aumento de impostos nem corte de despesas, precisa examinar a possibilidade de concessões e privatizações. E se não quiser nada disso, tem que concordar que só ser eficiente na arrecadação e na gestão não basta.

Um famoso político inglês, em tempos de guerra, falou em sangue, sofrimento, suor e lágrimas. Não vamos ser dramáticos, mas a nossa guerra contra o atraso, a miséria, a pobreza da prefeitura e, pior, a dos moradores vai exigir, ao menos, muito suor e algum sofrimento.

Gostaria que vocês aceitassem meu convite, apoiassem essa proposta. Mas prefiro que saibam antes de votar o que terão de ouvir de mim ou de qualquer candidato quando for eleito e cair na realidade. Pesquisem um pouco –quem promete soluções simples geralmente é o mesmo pessoal que eleito denuncia “herança maldita” , diz que “está de mãos amarradas”, “infelizmente não posso fazer mais”.

Então, eu estou simplesmente dizendo durante a campanha para não precisar dizer depois de eleito.”

Nota complementar: o texto acima não foi ao ar em nenhum programa de propaganda eleitoral dos 5.570 municípios brasileiros. O candidato, autor do discurso, foi denunciado como “suicida político” pela equipe de marketing do seu programa, acusado de traidor pelos candidatos a vereador e, a pedido do partido, teve cancelado seu registro para disputar as eleições.

O novo candidato, para economizar tempo, decidiu praticar a utilização de “acervo doutrinário comum” –moda entre altas autoridades do país– e autorizou o pessoal de marketing a fazer um “melhores momentos” de propostas que sejam simples, gerem otimismo e garantam votos. As primeiras pesquisas indicam que a estratégia está dando certo, a exemplo do que acontece em boa parte das principais cidades brasileiras.

(*) Antônio Britto Filho, 68 anos, é jornalista, executivo e político brasileiro. Foi deputado federal, ministro da Previdência Social e governador do Estado do Rio Grande do Sul.

PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.

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2 Comentários

  1. Bom dia !
    Recordo da primeira eleição de Antônio Britto ao governo do Estado, quando no horário político e, em debates públicos, ele afirmou que não venderia a CRT ( antiga companhia telefônica do RS) ,que não aumentaria impostos. Qual seria o resultado da eleição se ele tivesse sido um candidato “honesto”.
    E Tarso Genro, ao concorrer a prefeitura de Porto Alegre, pela segunda vez, assumiu peremptoriamente ( sim, foi esse o termo que ele escolheu) que não iria renunciar ao mandato para concorrer ao governo do estado. O que aconteceu ? Renunciou e assumiu seu vice, João Verle- um total desconhecido – deu-se o início da derrocada do PT na capital. E José Serra, então prefeito de São Paulo, chegou a assinar um documento, registrou em cartório, onde afirmava que não iria renunciar a prefeitura de São Paulo para concorrer à presidência da República. Nem na assinatura dele foi possível confiar.
    Ah, só para registrar, os funcionários públicos no RS, ainda seguem recebendo seus salários com atraso.
    Um abraço!
    Michael Almeida di Giacomo

  2. Jornalista sem dúvida. Acredita que conceitos abstratos são mais importantes do que se vê na realidade. Politica, democracia, etc.
    Depois vem o óbvio. Vide o programa estratégico da aldeia. Não tem foco nem prioridades. Recursos se diluem. Três ou quatro mandados se a prioridade não mudar, o que é bastante provável.
    ‘Privilégios’ de funcionários, principalmente no plano estadual e municipal, são muitas vezes direitos adquiridos, não mudam do dia para a noite. Alás, até 88 muitos cargos públicos não eram muito procurados, o que hoje são ‘regalias’ antigamente eram vantagens para tornar posições minimamente atrativas. Com o passar do tempo a gangorra funcionou, o setor privado decaiu e o publico subiu. Vide carreiras jurídicas, antigamente advocacia remunerava muito bem, com o passar do tempo e a disseminação de cursos a coisa mudou. Nenhuma novidade, já aconteceu com administração, contabilidade e recentemente com engenharias e até medicina.
    Pressuposto do artigo. Políticos pensariam somente no ‘bem publico’ e seriam competentes. Longe do que está escancarado para os olhos da população. ‘Só ser eficiente na gestão e arrecadação’. Problema é que não são. Maioria está no setor publico porque não tem capacidade de conseguir o mesmo padrão de vida no setor privado e muito menos amealhar o mesmo patrimônio.
    Jornalista faz defesa cabal do aumento de impostos. Quem paga tributos é a classe média. Andar de baixo não tem muitos recursos. Andar de cima tem dinheiro, contrata gente para achar os vão na malha tributária. Sem falar em incentivos fiscais, Refis anuais, etc. Só paga quem não consegue escapar. Não estamos numa guerra. Sangue, suor e lágrimas dos mesmos de sempre? Falácia!
    Brito cometeu um erro crasso, renegociou a divida com um índice de reajuste que ‘explodiu’ depois. ‘Ah! Mas não dava para prever!’. Sim, justamente por isto que se tomam precauções. Olívio Dutra emprestou o dinheiro para a Ford construir fábrica na Bahia. Se não quisesse ‘rever o contrato’ poderia ser que não tivesse acontecido. Tarso, o intelectual, e Leite, o impostor, elegeram-se com estelionato eleitoral. Rigotto, outro incompetente, tem a desculpa da seca. Como o Gringo elegeu-se como terceira via. Deu no que deu.
    Resumo da opera é simples. Blog de esquerda utiliza o texto de um ex-governador de ‘direita’ para justificar o aumento de impostos (o artigo não foi escolhido por acaso. é um caso clássico de ‘esperteza’). Políticos incompetentes quebram o estado (ou o município). Querem tirar dinheiro da população para colocar nas mãos de outro incompetente ‘democraticamente eleito’ para quebrar mais ainda.
    Deng Xiaoping dizia que não importava a cor do gato desde que pegasse o rato. Tem muito gato gordo por ai que não pega rato nenhum, só quer saber de ração premium. A batata está assando.

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