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O Custo Brasil – por Giuseppe Riesgo


A democracia brasileira nos custou caro. Sabemos das dificuldades que tivemos para restabelecer uma nova ordem política e representativa em nosso país. Só que, infelizmente, nosso desenho institucional firmado para a escolha de nossos representantes gerou péssimos incentivos políticos e levou nosso sistema eleitoral para um esgotamento representativo e, sabemos, custoso. O resultado? Uma miríade de partidos políticos pouco representativos que só existem às custas dos pagadores de impostos a quem, justamente, deveriam representar. Um ciclo vicioso perverso e caro ao bolso da população brasileira.

Este tema se cristaliza, obviamente, nos períodos eleitorais. A enxurrada de santinhos, adesivos e propagandas que pululam pelas ruas apenas evidencia o quão cara é a nossa “festa da democracia” e, sinceramente, deveria nos fazer repensar o atual modelo público de financiamento dos partidos e da política no Brasil.

Primeiramente, pelo custo financeiro que isso gera ao país. Para termos uma ideia, de 2010 para cá nós já gastamos mais de R$ 8 bilhões entre o Fundo Partidário e o Fundo Eleitoral (este último criado especialmente para o financiamento das campanhas políticas que estamos vendo agora). Esse valor, pasmem!, é maior do que o orçamento inteiro de Santa Maria (R$ 7,8 bilhões) para o mesmo período. Podemos dizer que o nosso sistema político-partidário custa para a população o mesmo que uma cidade de porte médio custa. Isso faz sentido para ti?

Além disso, temos que considerar os péssimos incentivos que tanto dinheiro público gera em nossa democracia e nos seus representantes. Nesse contexto, formar um partido político, em sua imensa maioria, virou negócio nesse país. Quanto mais eleitos possuem, mais recursos públicos recebe-se e maior é o incentivo para que não prestem contas à população quanto a sua atuação política e partidária. A guerra ao voto vira um “vale-tudo” eleitoral e por isso vemos muitos candidatos, mas nenhum espírito público ou uma ideologia identificada. Formam-se, assim, instituições políticas alijadas do escrutínio público, que esfacelam a democracia e que, obviamente, não representam ninguém.

Foi nesse contexto que o partido NOVO surgiu. Remodelando o sistema de financiamento partidário e de suas campanhas. Cortando privilégios e colocando-se ao crivo dos seus filiados e do restante da população. Ao fazer isso, geramos um engajamento orgânico ao projeto e, assim, melhoramos a governança e os incentivos em um meio tão desacreditado como a política brasileira.

Por isso, ao meu ver, não tem o menor cabimento gastarmos o orçamento de uma Santa Maria inteira para mantermos a estrutura e as campanhas de 33 partidos em todas as esferas políticas desses país. Ao menos, o eleitor sabe que, dessa lista, um partido não lhe custa nada e, ainda por cima, é o único que está efetivamente lutando contra os altos impostos, a burocracia escorchante e a corrupção endêmica que tomou conta da política nacional. Você pode contar comigo (e com o NOVO) para ser a voz de esperança para um Brasil mais livre, próspero e desenvolvido. Esse é o nosso objetivo: pautar a política sempre com muito respeito ao teu dinheiro e a tua liberdade.

(*) Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.

Observação do editor: a imagem (sem autoria determinada) que ilustra este artigo é uma reprodução da internet, e foi extraída do site do TRE de Alagoas (AQUI)

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Um Comentário

  1. Brasil precisa de voto distrital. Responsabilidades estão muito dispersas e identificação da população com o legislativo está baixa (apesar dos imbecis que dizem que os parlamentos são imagem da sociedade, ficar brigando no discurso com a percepção da população é sinal evidente de burrice). A proposta, bom salientar, é uma experiência não uma bala de prata.
    Existem agentes estrangeiros fazendo propaganda contra a democracia em todo mundo. Pregar a ideia de que a democracia não funciona é forma de auto legitimação.
    Mundo não havia bem se recuperado da crise de 2008. Entramos noutra. Cintos terão que ser apertados e prenuncia-se período de instabilidade politica em todos os cantos. Cereja do bolo é a questão ambiental que deve aparecer com toda força em breve. É importante, sem duvida. Mas a esquerda quer utilizar como mote para implantar as velhas ideologias que nunca deram certo. Resultado prenunciado é mais agitação politica. Importante será distinguir quem está com animo de resolver os problemas e quem vai tentar impor ‘soluções’ de cima para baixo, ‘democraticamente’.

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