Petismo/SM. Razões para saída de Vilaverde seriam “administrativas”, e não políticas

Nos últimos dois dias procurei minhas fontes petistas. Uma assuntada aqui, outra ali. E uma terceira mais adiante. Me esforcei bastante, pode acreditar. E simplesmente não consegui descobrir o porquê oficial da saída de Raul Vilaverde, da presidência do PT de Santa Maria e a assunção, no lugar dele, do secretário de Recursos Humanos da Prefeitura, Alexandre Bento.

Mas consegui extrair algo, do périplo verbal (e internético) que fiz pelas figuras petistas normalmente bem-informadas. Sim, o artigo aqui publicado, pelo colunista habitual do site, Luciano Ribas, em que ele defende uma posição “pessoal”, de que o candidato do partido à sucessão de Valdeci Oliveira deve ser o atual vice, Werner Rempel, provocou um belo de um reboliço.

No fundo (e no raso também), as gradas figuras da agremiação preferiam que o debate em torno da sucessão fosse adiado o máximo possível. Até o final do ano, pelo menos. E o que Ribas escreveu atropelou o processo. Mas isso não foi, assim, algo tão estabanado. Até porque há mais gente defendendo este e outros nomes – Paulo Pimenta, com mais destaque – para concorrer ao lugar de Valdeci.

E, eis a novidade: a desistência de Vilaverde, que largou a presidência do partido na cidade, o que configura um bafafá de tamanho pra lá de razoável, não tem absolutamente nada a ver com a discussão sucessória. Houve até algumas afirmações, digamos, enviesadas em torno de “discordâncias administrativas”. Mas ninguém ousou ir além. Que diabo?! O que será que está ocorrendo, no alto comando petista de Santa Maria? O quê? Hein?

De qualquer forma, enquanto não vier alguma coisa mais conclusiva, sugiro a leitura da nota que publiquei ontem, aqui mesmo, comentando inclusive nota publicada pela colega Jaqueline Silveira na coluna Domingueira, da edição de final de semana do jornal Diário de Santa Maria. Confira:

“O assunto. Debate sobre 2008 é antecipado e o petismo enfrenta um grande forrobodó

Tudo começou aqui. Foi há duas semanas, quando o colunista do site, Luciano Ribas, opinou que o melhor candidato do PT para a Prefeitura, em 2008, seria o atual vice-prefeito e secretário-geral de governo, Werner Rempel. Escreveu Ribas, a linhas tantas: “…Assim, falando única e exclusivamente em meu nome (embora comungue desta opinião com muitos outros), penso que a melhor alternativa para o PT e para Santa Maria é trabalhar para que o prefeito Valdeci tenha um sucessor à altura: o Dr. Werner,..” 

A reação foi imediata. Uma, pública, do leitor (e filiado ao PT e jornalista) Fritz Nunes (confira aqui). Outras privadas, ou internas. Sei que houve muitas reuniões – a começar por uma, no mesmo 25 de março, em que o PT Amplo, corrente que tem como principal liderança o deputado federal Paulo Pimenta, lançou o próprio como candidato a candidato a prefeito. Era uma forma de se contrapor ao nome de Werner, o que é da política.

Mas o episódio não se esgotou ali. Nesta semana, quem se retirou do cenário foi o presidente do PT, Raul Vilaverde, ligado ao PT Amplo. Enigmaticamente, não declarou à imprensa os reais motivos de sua saída, mas não deixou de dizer que as causas estavam no interior do partido. Ai, ai, ai, ai, ai. Que causas seriam essas?

A jornalista Jaqueline Silveira, que assina a coluna Domingueira, na edição deste final de semana do Diário de Santa Maria, também admite (e é o que penso, também) que o motivo seria exatamente a abertura da temporada de caça ao candidato petista para suceder Valdeci Oliveira.

Pois é, pois é. O fato é que está instalado um novo forrobodó no interior do PT – que, aparentemente, não consegue conviver sem uma boa briga. E olha que Fabiano Pereira, outro dos lados do triângulo da sucessão, está aparentemente calado. Aparentemente.”

SUGESTÕES DE LEITURA: Tratei desse assunto, os imbróglios petistas, na coluna aqui, e também aqui no site, na madrugada deste sábado.

E também considero muito interessante, e importante, conferir a coluna aqui, do Diário de Santa Maria, assinada por Jaqueline Silveira.”