ELEIÇÕES 2020. Comissão de Ética do PSL decide suspender quatro e expulsar dois membros da sigla
Medidas são tomadas por infidelidade partidária de integrantes do partido
Por Maiquel Rosauro
Acabou a paciência do PSL de Santa Maria com os integrantes da sigla que abriram voto para Sergio Cechin (PP). O partido formou uma Comissão de Ética que decidiu expulsar dois filiados e suspender outros quatro, incluindo o vereador eleito Tony Oliveira. A legenda é a principal aliada de Jorge Pozzobom (PSDB) em sua tentativa de reeleição, possuindo o empresário Rodrigo Decimo (PSL) como candidato a vice-prefeito.
Conforme o presidente municipal da sigla, Edmar Mendonça, a Comissão de Ética deliberou que os seis membros do PSL praticaram infidelidade partidária.
“O parecer conclusivo foi enviado hoje (quinta, 26) a Porto Alegre, para a Executiva Estadual tomar providências”, explica Mendonça.
De forma unânime, a Comissão de Ética decidiu pela expulsão de Marcelo Almeida e Reinaldo Guidolin. A decisão é baseada no Artigo 26 do Código de Ética do PSL, que regra as sanções ao filiado que infringir os princípios programáticos e estatutários, ferir a ética partidária ou descumprir as decisões tomadas democraticamente nos congressos do partido.
Em suas redes sociais, tanto Almeida quanto Guidolin fazem campanha para Cechin.
Os suspensos, por um prazo máximo de 12 meses, são: Ana Neri de Sousa Knupp Soares, Cristiane Ramos Gonçalves, Arnildo Kirchof e Tony Oliveira. Os quatro concorreram ao Legislativo.
Ana Neri registrou 478 votos; Cristiane, 479; Kirchof, 254 e Tony Oliveira foi eleito com 1.280 votos. Tony é o único dos quatro que recebeu recursos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha. No total, a direção estadual do PSL repassou R$ 18 mil para o candidato.
No primeiro turno, Tony permaneceu neutro em relação ao pleito majoritário. Já nesta quinta-feira (26), em entrevista a um veículo local, abriu apoio a Cechin.
Para Ana Neri, Cristiane e Kirchof, o parecer da Comissão de Ética sugere que eles retirem imediatamente de suas redes sociais os vídeos de apoiamento a Cechin ou peçam desfiliação do partido.
Já em relação a Tony, o colegiado decidiu por unanimidade que a suspensão de 12 meses contempla a perda de todos os benefícios estendidos ao cargo para qual foi eleito, assim como a possível devolução aos cofres públicos das verbas recebidas para o pleito eleitoral.
Caso Tony perca o mandato, o que é uma possibilidade real de acontecer, quem assume vaga é o primeiro suplente e ex-presidente da sigla, Eloi Irigaray, que registrou 838 votos. Cristiane é a segunda suplente do partido e Ana Neri a terceira.
Nada a declarar
O Site entrou em contato com Tony Oliveira, o qual afirmou que, no momento, não tem nada a declarar sobre o assunto.
“Essa questão está sendo resolvida internamente, no âmbito partidário. No momento, não tenho nada a declarar”, disse o vereador eleito.
Garay!