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Governo Yeda. No campo político, lambanças com os aliados. No financeiro, há controvérsias

Zero Hora está publicando, neste domingo, reportagem especial avaliando os primeiros quatro meses de governo de Yeda Crusius. Descontando a falta de uma informação relevante (confira a sugestão de leitura, no final deste texto) – afinal foram três e não dois secretários afastados (ZH esqueceu de Paulo Azeredo, que deixou a pasta de Obras, por decisão do seu partido, o PDT) -, o jornal tenta equilibrar o impossível, penso.

 

Afinal, êxito é êxito e fracasso é fracasso. E um não sobrepuja o outro, e vice-versa. No caso específico, minimizar as dificuldades no campo financeiro, creditando à austeridade um papel que esquece às custas da forma como foi feita – atraso de salários, corte de verba de custeio que chega a 30%, tornando precários os serviços essenciais e até esquecendo a epidemia de dengue – não me parece adequado. Mas, conceda-se que assim seja.

 

Mesmo com essa admissão, o que sobressai, nesses primeiros meses de administração Yeda é exatamente sua extrema inabilidade para tratar com os aliados. Você não leu mal, com os aliados. Afinal, a oposição está pra lá de branda, além de ser numericamente indigente na Assembléia Legislativa.

 

No entanto, a governadora coleciona atritos com o vice Paulo Feijó, que já chamou de “leviano” e “desequilibrado”, por ter feito acusações públicas ao Palácio Piratini, e por tabela com o partido dele, o DEM. Já perdeu o apoio, pelo menos formal, do PDT. E provoca resmungos de descontentamento de partidos importantes, embora talvez periféricos, como o PP.

 

Ok, ok. Talvez você considere tudo isso desimportante, ou mesmo menos vital do que o restante – e imagina, como ZH, que negociar com o BIRD um contrato de financiamento que alonga a dívida pública, trazendo U$ 500 milhões ao Estado a partir de 2008 é suficiente para contrabalançar, não tem problema.

 

Mas, e o PSDB? Não, não te preocupa. Também os tucanos já não sabem se são o partido ao qual a governadora está filiada. Afinal, ela não dá a mínima – ou dá, literalmente, a mínima – pra ele. Em todo caso, este é um juízo de valor da absoluta responsabilidade claudemiriana. Faça, você mesmo, a análise que considerar a mais adequada. Nem precisa concordar.

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a reportagem “Governo Yeda acumula êxitos e desgastes”, de Leandro Fontoura, publicada na edição deste domingo de Zero Hora.

 

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