CPI do Idort. Há boas chances de confusão entre governo e oposição, com novo requerimento
Na sessão de ontem, da Câmara de Vereadores, apesar de algum nervosismo silencioso (foi a definição de uma testemunha), a operação distensionamento, posta em prática por figuras do governo e da oposição inclusive durante o feriadão de Tiradentes, permitiu que se ultrapassasse, de alguma maneira, o desentendimento havido na última quinta-feira, envolvendo o líder oposicionista Tubias Calil e o presidente do Legislativo, Vilmar Galvão. Paz, exatamente, não é o caso. Mas ao menos um mínimo de convivência política se encontrará daqui para frente, é a impressão geral.
No entanto, no front político, há um bom enrosco a caminho, segundo foi possível apurar. E o mote é a CPI do Idort. Como noticiei aqui ontem, Tubias retirou o seu requerimento, que foi reapresentado por Sérgio Cechin, do PP. O objetivo era evitar que o governo tenha maioria na Comissão e garantir que o Progressista seja o presidente e o peemedebista o relator.
O novo documento foi enviado à Procuradoria Jurídica para parecer. Há quem entenda, e isso pode ser referendado tecnicamente, que o regimento interno da Casa determine que propostas sobre um mesmo tema, ou nos mesmos termos (o que será isso é outra boa discussão), só possa ser reapresentada no ano legislativo seguinte. Se esse for o parecer, o requerimento será enviado à Comissão de Constituição e Justiça. Esta, com maioria oposicionista, certamente recusará o parecer que, então, irá para o plenário.
Pois é. Pois é. E aí? Como fica? Há boas chances de uma votação terminar empatada, após inevitável discussão política. A menos, claro, que a bancada governista ceda. Se isso não ocorrer, sobram interpretações. Uma delas é que, neste caso, o voto do presidente seja o de minerva. Com o que, a CPI não seria instalada.
Complicado? Claro que é. Só o que espero, como cidadão, é que qualquer discussão política a respeito fique nisso mesmo, na discussão. E só.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a cobertura da sessão de ontem, da Câmara de Vereadores, segundo a assessoria de imprensa do parlamento municipal.
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