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HISTÓRIA. Passado recente de Santa Maria indica que, antes de ser prefeito, é preciso ser vereador

Apenas Evandro Behr (PDS) conseguiu quebrar a tradição iniciada em 1972

Desde que Arthur Marques Pfeiffer foi eleito, há 48 anos, só uma vez Santa Maria elegeu prefeito que não foi edil (Foto Reprodução)

Por Maiquel Rosauro

Os santa-marienses vão às urnas em 15 de novembro para eleger o prefeito que administrará o município entre 2021 e 2024. Seis candidatos estão no páreo e quatro deles possuem a seu favor uma tendência que se repete de forma ininterrupta há 28 anos e que começou a se consolidar no início da década de 1970.

Desde que José Haidar Farret (PDS) foi eleito para o seu segundo mandato no Executivo, em 1992, os santa-marienses sempre elegem como prefeito um candidato que tem no seu currículo passagem pela Câmara de Vereadores. Farret havia atuado no Parlamento entre 1969 e 1972.

Foi também assim com todos os prefeitos seguintes: Osvaldo Nascimento da Silva (PTB), Valdeci Oliveira (PT), Cezar Schirmer (MDB) e Jorge Pozzobom (PSDB). Antes de ocupar o sétimo andar do Centro Administrativo, todos tiveram passagem pelo Casarão da Vale Machado.

Logo, este ano, a história mostra uma tradicional vantagem para Marcelo Bisogno (PDT), Sergio Cechin (PP) e Pozzobom (busca à reeleição), que passaram pelo Legislativo, e para Luciano Guerra (PT), hoje vereador.

Nos últimos 48 anos, apenas uma vez o prefeito eleito não teve passagem anterior pela Câmara. Trata-se de Evandro Behr (PDS), que esteve à frente de Santa Maria entre 1989 e 1992. Hoje, seu filho, Evandro Behr (Cidadania) segue os mesmos passos, buscando assumir a Prefeitura sem antes ter passado pela Câmara.

Jader Maretoli (Republicanos), outro candidato a prefeito de Santa Maria sem passagem pelo Legislativo, curiosamente, também tem seu pai com passado político. Jorge Maretoli (PTB) foi vereador em Itaqui entre 1997 e 2000.

A tendência de eleger prefeito candidatos que foram vereadores começou com Arthur Marques Pfeiffer (Arena), quando ele venceu o pleito de 15 de novembro de 1972. Ele já havia sido vereador nos anos de 1960 e retornou ao Legislativo na década de 1980 (confira na tabela abaixo).

História

Neste domingo (8), na segunda parte da série História, você vai conhecer o espectro político dominante em Santa Maria e a sua influência para o processo eleitoral deste ano.

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2 Comentários

  1. Osvaldo Nascimento foi o único prefeito que não teve um vice que tivera sido vereador.
    Farret, Behr, Valdeci, Schirmer e Pozzobom sempre contaram com vices que haviam sido Vereadores anteriormente.
    Cechin, Druzian, Pimenta, Werner e Farret, todos foram vice-prefeitos eleitos depois de terem sido parlamentares. Dois deles, Druzian e Werner, concorrem este ano outra vez para Vereador.
    Nesse ano, as candidaturas de Pozzobom, Jader e Behr não têm vices que tenham sido vereador ou vereadora.
    Luciano, Marion, Cechin, Harrisson, Bisogno e Fabiano são as chapas puras de vereadores.
    Enfim… curiosidades!

  2. Obvio que não. Eleições nos EUA sempre tiveram baixo nível de fraudes na votação pelo correio (não relacionado ao chororo atual, é só argumento). Nunca fui multado por infração de transito, logo não serei.
    Evandro Behr, reconhecido mais tarde, elegeu-se por conta de briga em debate dos dois mais cotados. Chapa atual lembra os EUA, um beta na cabeça e uma alfa de vice. Além disto utiliza contraditoriamente o discurso do ‘novo’. O que pode dar errado?

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