CÂMARA. Setores do PT se movimentam contra acordo com o PSDB para o controle da Mesa Diretora
Diretório do PT/SM não tem unanimidade frente à aliança com os tucanos
Por Maiquel Rosauro
A notícia divulgada com exclusividade pelo Site, sobre a aliança articulada entre petistas e tucanos para a eleição da Mesa Diretora de Santa Maria, repercutiu nos bastidores da política local. Setores do PT não perderam tempo e já se movimentam contra o acordo.
No final da manhã desta segunda-feira (14), o vereador eleito Ricardo Blattes (PT) entrou em contato com o Site para relatar que não concorda com uma informação publicada na matéria. Segundo ele, o partido não articula aderir ao grupo governista para vencer a eleição da Mesa, mas sim buscar um protagonismo a partir do bloco formado entre PT e PCdoB, composto por quatro parlamentares.
“Sabemos que não temos protagonismo total porque não temos maioria, mas temos condição de conversar. Logo, escolhemos com quem conversar prioritariamente”, explica Blattes.
Não é prioridade para PT e PCdoB dividir a Mesa Diretora com a maioria dos vereadores do PP e MDB, por entender que eles estão mais distantes programaticamente do que, por exemplo, os parlamentares do PSDB, partido do prefeito Jorge Pozzobom.
Blattes alega que, o acordo em construção com o PSDB – que também inclui Republicanos, PSL, DEM, PSB e Adelar Vargas – Bolinha (MDB) – visa somente a administração do Parlamento. Ele garante que o PT não se posicionará na base de apoio ao governo.
“Estamos formando uma chapa para disputar o comando e a agenda do Legislativo. Entendemos que isso se faz com a correlação de forças”, afirma o vereador eleito.
Resistência
Para confirmar o acordo na eleição que ocorrerá em 1º de janeiro, Blattes terá que, primeiro, superar a oposição interna no PT. A reunião do Diretório Municipal da sigla, na noite desta segunda (14), demonstrou que o tema é espinhoso.
A corrente Articulação de Esquerda, que é minoria na direção, posicionou-se de forma contrária. O grupo entende que o PT não deve fazer parte da chapa governista na eleição da Mesa Diretora.
Contudo, o que chamou atenção foi o posicionamento de Helen Cabral, uma das principais lideranças do PT na cidade e integrante do movimento Socialismo em Construção, corrente majoritária no Diretório.
Conforme o Site apurou, Helen foi uma das mais enfáticas contra a possibilidade de aliança com o PSDB. Ela propôs que o partido dialogue apenas com PCdoB, PSB e PDT. O Diretório voltará a se reunir para debater o assunto.
Não entendo uma possível união do PT com o PSDB. Dizer que o PSDB se aproxima programaticamente do PT é no mínimo tentar registrar um ítem para estarem ligados, dizem para administrarem a mesa diretora da CMVSM. As parcerias na administração da Casa sempre foram exdrúxulas, atendendo interesses pessoais, nunca ideológicos. Também não sei porque tenho esta preocupação, já que historicamente isto é uma realidade. Agora, alguns vereadores estarem participando desta composição, isto sim, me chama muito a atenção. Esperemos as eleições.
Bloco do PT com DEM? PT no mesmo lado do Maneco.
Tucanos estão amasiados com os petistas. Queria ver a cara dos 30 mil que votaram em Cladistone, o indigesto, no primeiro turno.E, para quem não viu, o PHA, partido dos herdeiros da aldeia estava nas duas chapas do segundo turno. Empresariado idem. E Valdeci era ‘o prefeito com mais empresários no secretariado’.
Colégio Estadual Tancredo Neves. Seis seções eleitorais. Numeros duzentos e tantos e quinhentos e tantos. Em cinco Luciano Guerra foi o mais votado. Na remanescente Cechin ganhou. Votos de Luciano giraram em torno de 80, os de Cladistone ao redor de 40. Nas mesmas urnas os votos de Cladistone, o indigesto, no segundo turno giraram ao redor de 120. Alás, a media da soma dos votos de Guerra e Cladistone no primeiro turno (mesmas seções) foi 122. A media dos votos de Cladistone, o indigesto, foi 127. A seção na qual Cechin ganhou (ponto fora da curva) no primeiro turno mostrou gente ‘pulando a cerca’. Votos de algum apoiador foram para o tucano, cerca de 20.