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EXCLUSIVO. PT e PSDB articulam acordo para Mesa Diretora, com Valdir Oliveira presidente em 2021

Aliança também deve ter Republicanos, PSB, DEM, PSL e Adelar Vargas (MDB)

Acordo administrativo seria um bom negócio tanto para o PT, que teria Valdir Oliveira (foto) como presidente em 2021, quanto para o governo Pozzobom, que afastaria os progressistas do controle da Câmara de Vereadores. Foto Divulgação

Por Maiquel Rosauro

O PT e o PSDB têm encaminhado um acordo para a eleição da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Santa Maria. Projeta-se que a aliança em formação inclua até 14 parlamentares, o que garantiria votos mais do que o suficiente para vencer o pleito que será realizado em 1º de janeiro de 2021.

Para entender como o jogo político está se desenvolvendo, o Site ouviu, desde sábado (12), diversas fontes que aceitaram compartilhar as informações de forma anônima. Ou seja, tudo o que você vai ler a partir de agora é extraoficial e não será confirmado até a eleição da Mesa Diretora.

Antes de entender o acordo articulado entre petistas e tucanos, é preciso ter em mente onde cada peça, hoje, está posicionada no tabuleiro. As eleições de novembro provocaram rusgas que refletem com força no Parlamento e colocam em lado opostos vereadores ligados ao prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) e ao vice-prefeito Sergio Cechin (PP).

Os tucanos que estarão na Câmara em 2021, Admar Pozzobom, Juliano Soares – Juba e Givago Ribeiro, assim como o democrata Manoel Badke – Maneco, não vão dividir a Mesa com os progressistas Pablo Pacheco, Anita Costa Beber, João Ricardo Vargas e Roberta Pereira Leitão, e os emedebistas Rudinei Rodrigues – Rudy e Tubias Calil, legenda do candidato a vice-prefeito de Cechin, Francisco Harrisson.

Ou seja, de um lado há o grupo governista com quatro vereadores, e de outro os aliados de Cechin, com seis. Há um total de 21 parlamentares na Casa e a tendência é eles se dividirem em dois grupos na eleição da Mesa. Logo, o cálculo é simples. Quem conquistar 11 votos vence o pleito.

Conforme o Site apurou, os petistas liderados pelo vereador estreante Ricardo Blattes articulam ingressar no grupo governista, formado por parlamentares de centro-esquerda e, ao mesmo tempo, distanciar-se dos edis de direita que integram o bloco pró-Cechin.

Uma fonte do Site garantiu que o PT, em hipótese alguma, terá cargos na Prefeitura e nem será parte da base do governo Pozzobom no Legislativo. O acordo é válido apenas para Mesa Diretora.

Junto com os três vereadores eleitos do PT, principal fiador do acordo, também se somariam aos quatro governistas o Republicanos e o PSB, ambos com dois vereadores cada um, e os vereadores Tony Oliveira (PSL), que corre risco de expulsão em seu partido, e o atual presidente da Casa, Adelar Vargas – Bolinha (MDB), embora o MDB pressione para que ele não se junte aos tucanos. Também é especulado que Werner Rempel (PCdoB) integre o grupo, fechando assim 14 vereadores.

Do outro lado, sobraria ao grupo ligado a Cechin sete votos, quatro do PP, dois do MDB e o voto da vereadora Luci Duartes – Tia da Moto (PDT), que apoiou o progressista no segundo turno, e não deseja estar ao lado de Alexandre Vargas (Republicanos), principal articulador contra o projeto Diversidade na Escola, que acabou reprovado pela Casa após veto de Pozzobom.

O acordo em construção estabelece que, a cada ano, haverá um rodízio na presidência para as principais legendas do grupo. Em um primeiro momento, foi decidido que Blattes seria o presidente já no próximo ano, porém fontes do Site indicam que o atual líder da oposição, Valdir Oliveira (PT), teria requisitado o cargo para manter firme a aliança.

O PSDB, em princípio, não assumiria a presidência em nenhum ano. Paulo Ricardo Pedroso (PSB) está entre os principais cotados para assumir a presidência nos próximos anos. Já o vice-presidente, em 2021, seria Alexandre Vargas ou Admar Pozzobom (PSDB).

Acordo administrativo’, diz Valdir
O Site expôs a apuração a Valdir e questionou se o PT pode, ao mesmo tempo, dividir a Mesa Diretora com o governo e ser oposição. Ele não negou e nem confirmou as articulações de bastidores, mas utilizou o termo ‘acordo administrativo’ para explicar que será oposição.

“Independente de qualquer acordo administrativo que venha a ocorrer na Câmara, eu serei oposição ao próximo governo como estou sendo no atual. Nossa bancada, junto com o Werner, já estamos fechados como bancada de oposição independente da eleição da Mesa Diretora da Câmara”, disse Valdir.

A aliança aparenta ser boa tanto para o PT, que ganhará cargos importantes na Mesa Diretora e assumirá um inesperado protagonismo no Parlamento após a derrota nas urnas, quanto para o governo Pozzobom, que terá voz ativa na Administração da Casa e, principalmente, irá ver o experiente Tubias Calil e os progressistas longe do controle do Legislativo.

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4 Comentários

  1. Na proxima eleição o PT ao inves de ficar em 3 colocado…deve ficar em 4 ou 5….são esses acordos que derrubaram cechim e vão acabar com o PT ao longo de mais uns anos….acabou idealismo….salvem se quem puder é o lema.

  2. Bom dia !
    “Acordos” para a direção da Mesa Diretora em Santa Maria, há um bom tempo, tornou-se tábula rasa. “Acordos” realizados no início das legislaturas não se sustentam, mesmo quando há assinatura no papel. O ideal, e que demonstraria respeito ao eleitor santa-mariense, seria uma articulação política feita ano a ano. Evitaria decepções, que certamente irão acontecer.
    Um abraço !
    Michael Almeida di Giacomo

  3. Integrantes da mesa diretora tem mais CC’s não têm? Outras benesses? No mais o que os petistas falam não tem validade. Vide o que aconteceu no pleito.

  4. Exclusivo? O acordo entre PT e PSDB?
    E PT será oposição ao Pozzobom?

    Tenho falado neste acordão há um ano.
    Nada de novidade.
    Faz parte do jogo político que é legítimo.
    Também passou pela eleição municipal e passará pela próxima eleição presidencial.

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