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TVA- Abril. Sabe a CPI que pode envolver a mídia grandona? Pois é. Já agem os “do contra”

Cansei de escrever aqui que, se fosse para afastar os proprietários, controladores ou dirigentes de emissora de rádio e televisão, pelo menos um terço do Congresso estaria fora de Brasília. Então, por que acreditar que seria pacífica a instalação de uma CPI para tratar de assunto que fere interesses da mídia grandona (e da que se acha)?

 

Perdão, cheguei a acreditar. E mais, anunciei ontem, aqui, que você poderia acompanhar neste espaço os desdobramentos da Comissão Parlamentar de Inquérito que, por inspiração do presidente do Senado, Renan Calheiros, investigaria a venda do controle da TVA (empresa de TV por Assinatura da Editora Abril, que publica várias revistas, inclusive a Veja) para os espanhóis da Telefônica. O que, em tese, pode ser ilegal.

 

Pois é. Pois é. Mas, começo a crer agora (o erro foi não ter sido cético, como me é habitual, ontem) que esta CPI acabará mesmo é não saindo. Exatamente pelos motivos que ela seria fundamental: não agrada à mídia grandona (e a que se acha) e seus muitos aliados no Congresso Nacional.

 

Estou dizendo alguma bobagem? É, talvez. Em todo caso, dê uma lida na seguinte nota publicada nesta segunda-feira, na seção “Painel”, do jornal Folha de São Paulo:

 

“Problema seu

O esforço de Renan Calheiros em prol de uma CPI sobre a parceria TVA-Telefônica está criando arestas entre o senador e setores de seu partido, qu até agora o apoiaram ou, no mínimo, não lhe criaram problemas. Aliado de todas as horas, José Sarney não quer ouvir falar na CPI, resposta de Renan ao grupo Abril pela cobertura da crise que ameaça seu mandato.

O presidente do PMDB, Michel Temer, que apesar de antigas diferenças com Renan, vinha se mantendo “neutro”, agora comanda a ala da sigla qu bombardeia a idéia de CPI na Câmara, onde as assinaturas foram coletadas pelo peemedebista Wladimir Costa, soldado de Jader Barbalho. Neste momento, Renan se fia mais no PT qu no PMDB para fazer vingar a CPI”

 

PARA FECHAR: agora, só aqui entre nós, e olha que a nota da FSP fala só do PMDB (nem entrou em outras siglas), ainda dá para acreditar na Comissão Parlamentar de Inquérito contra um setorzinho da mídia grandona? Eu, fora. Ah, se vingar, não vai dar em nada – no que, convenhamos, nada diferirá de outras CPIs também.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURAconfira aqui a nota “Lobo não come lobo. Caso Renan, mídia grandona (e a que se acha) e seus estranhos silêncios”, que publiquei no dia 9 deste mês de agosto.

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