POLÍTICA. Em quatro dias, Santa Maria terá um novo vice-prefeito e mais uma Legislatura será instalada
Emoções? Talvez na Câmara e, ainda assim, somente por conta da tradição
Por Claudemir Pereira
Depois da diplomação, acontecida em solenidade restrita na tarde de quinta-feira, 17, no Salão do Júri do Fórum, o próximo ato formal produzido pelo pleito de 15 (e 29, no caso de prefeito e vice) de novembro será mesmo a posse dos eleitos. A data constitucional é 1º de janeiro e, em Santa Maria, o ato acontecerá a partir das 4 da tarde, no plenário do parlamento municipal – e também com restrições sanitárias.
Do ponto de vista politico, há apenas dois fatos a destacar. Um é a troca do vice-prefeito. Sai Sérgio Cechin (PP), derrotado nas suas pretensões de ascender ao cargo de prefeito, e entra Rodrigo Decimo. O prefeito, reeleito, segue sendo Jorge Pozzobom.
Com a continuação do governo e as principais definições sobre secretariado (inclusive com as recém-criadas pastas de Esporte e Habitação) jogadas para depois do carnaval, no retorno legislativo, as atenções voltam-se todas, do ponto de vista emocional, para a Câmara de Vereadores.
Mesmo assim, a expectativa, faltando quatro dias para a posse, se dá muito mais por conta da tradição de seguidas traições no processo de definiçao da Mesa Diretora, do que pela realidade factual observada no momento.
Um GRUPO que reúne parlamentares oposicionistas, incluindo o do PSL, que supostamente seria governista, assumiu um “Pacto por Santa Maria”, pretendendo dirigir a Câmara por quatro anos. No primeiro mandato, o presidente escolhido é João Ricardo Vargas, ex-PSDB e agora eleito pelo PP. Reúne, além dos quatro edis pepistas e do pesselista, também os três do MDB, dois do PSB e uma do PDT.
Onze votos. Suficientes para garantir a maioria. E assim será. Exceto se, como não é incomum na história do Legislativo da comuna, um (ou mais) dos integrantes “der para trás” (sinônimo simpático para traição). De todo modo, faltam quatro dias para a confirmação do que parece certo: a oposição derrotada na eleição majoritária comandará o parlamento. Ou não.
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