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DATA. No Dia da Visibilidade Trans, dossiê informa que 175 pessoas trans foram assassinadas em 2020

Subnotificação aponta número maior. Ainda assim, é 41% mais que em 2019

Assassinatos de pessoas trans no Brasil cresceram 41% em 2020 na relação com o ano anterior (Foto Tomaz Silva/Agência Brasil)

Da Redação do jornal eletrônico SUL21, com informações da “Antra”

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) divulgou nesta sexta-feira (29), o Dia da Visibilidade Trans, o Dossiê dos Assassinatos e da violência contra pessoas Trans em 2020. Segundo o levantamento, foram registrados ao menos 175 assassinatos de pessoas trans, todas travestis e mulheres transexuais, em 2020, um aumento de 41% em relação a 2019, quando o dossiê da entidade contabilizou 124 assassinatos.

O número de assassinatos contabilizados no dossiê é o segundo maior desde que a Antra começou a realizar o levantamento, perdendo apenas para 2017, quando foram registrados ao menos 179 mortes de forma violenta.

Contudo, a Antra destaca no dossiê que os números podem estar subnotificados. “Há de ser mencionado que faltam dados estatísticos governamentais sobre a violência sofrida pela população LGBTI+, em especial sobre a população trans, tendo em vista que, sem o devido acolhimento, essa população não efetiva a denúncia formal. Quando o faz, a vítima não tem o atendimento adequado. Nos casos em que não se retificaram seus assentamentos registrais, é qualificada como consta no documento civil, muitas vezes divergente de sua identidade de gênero, o que gera ainda mais subnotificação”, diz o dossiê.

A contabilização dos casos é dificultada pelo fato de que, em 2020, foi a primeira vez que o Anuário Brasileiro de Segurança Pública trouxe dados de violência contra a população LGBTI+, sendo que 15 estados e o Distrito Federal não têm qualquer informação sobre violências motivadas por orientação sexual ou identidade de gênero.

Antra contabiliza os dados a partir de pesquisa dos casos em matérias de jornais e mídias vinculadas na internet, de forma manual, individual e diária. Além disso, nos casos em que não há registro na imprensa, a entidade utiliza fontes complementares, como informações que chegam à instituições LGBTI e entidades ligadas à própria Antra.

O dossiê contabilizou ainda 16 mortes de pessoas trans por covid-19 e 23 suicídios.

Mortes por Estado

Em termos estados, o Estado em que foram contabilizados o maior número de assassinatos de pessoas trans em 2020 foi São Paulo, com 2020. Na sequência, aparecem Ceará (22 assassinatos), Bahia (19), Minas Gerais (17) e Rio de Janeiro (10).

O dossiê indica que, no Rio Grande do Sul, foram ao menos 5 assassinatos de pessoas trans em 2020 – 11º lugar no ranking por estado –, dois casos a menos do que em 2019.

Levando em conta a região, o Nordeste registrou o maior número de casos, 43, sendo seguido pelo Sudeste (34), Sul (8), Norte e Centro-Oeste (ambos com 7).

A Antra destaca ainda que 2 mulheres trans brasileiras foram mortas no exterior em 2020…”

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