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Fim. Só falta o “bloquinho” ter definidos os nomes de seus ministros, no 2º mandato de Lula

Com a confirmação, que provavelmente acontece nesta quarta-feira, do nome de Reinhold Stephanes, deputado federal do PMDB do Paraná, na pasta da Agricultura, encaminha-se para o final a montagem do ministério de Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo mandato.

 

Mas ainda há rolos pela frente. E ele responde pelo nome de “bloquinho”, o aglomerado montado (e atuante, aliás) por PSB e PC do B para apoiar Aldo Rebelo à Presidência da Câmara dos Deputados. Socialistas e comunistas do B não estão nada faceiros com o andamento das nomeações para o primeiro escalão.

 

Não se consideram atendidos com os postos que ostentam. No caso do PC do B, o ministério do Esporte. No do PSB, a pasta de Ciência e Tecnologia e a futura secretaria, com status de ministério, de  Portos e Aeroportos. Querem mais. E apresentam suas razões, a serem, por certo, expostas ao próprio Lula.

 

Diz-se que o PC do B poderá receber ainda a Defesa. E o nome dos sonhos do Presidente é o de Aldo Rebelo. Mas a idéia, segundo escreveu a jornalista Helena Chagas (leia aqui), era tratar do assunto mais adiante. A crise do apagão aéreo está obrigando a um apressamento da questão. Resta saber se Rabelo aceitaria.

 

Em todo caso, pensam os dirigentes do PSB e do PC do B, conforme reportagem de Nelson Breve, publicada no site da agência Carta Maior, como aliados históricos do Presidente, estão sendo relegados a segundo plano, agora. PMDB, PT, PP, PR e até mesmo o PTB e o recém-chegado PDT estariam recebendo atenção maior. É um bom enrosco para Lula. Mas pode ser o último. Afinal, o ministério está quase todo composto, como você lê a seguir:

 

 “Fim da reforma ainda depende de acerto com PSB e PCdoB    

Com Marta no Turismo, Stephanes na Agricultura e Walfrido nas Relações Institucionais, reforma vai chegando ao fim. Mas PSB e PCdoB estão insatisfeitos e podem ser acomodados na Defesa e na Secretaria de Portos e Aeroportos.

 

O presidente Lula fechou mais um pedaço de sua reforma ministerial nesta segunda-feira (19) com a formalização do convite para a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT-SP) substitua o ministro Walfrido dos Mares Guia (PTB-MG) no comando do Ministério do Turismo. Walfrido, por sua vez, será o substituto do ministro Tarso Genro (PT-RS), que tomou posse como novo ministro da Justiça na sexta-feira (16), na chefia da Secretaria de Relações Institucionais. Marta e Walfrido assumem as novas funções na próxima sexta-feira (23).

O figurino do Turismo é um tanto modesto para o manequim da ex-prefeita, sobretudo porque o presidente Lula avisou, na conversa que tiveram para formalizar o convite, que a estrutura do Ministério de Marta não será reforçada com a Infraero, empresa estatal que administra os aeroportos do país. Não é segredo que ela preferia comandar uma área com mais visibilidade, como os ministérios das Cidades e da Educação. Mas, como a regra estabelecida pelo presidente para a reformar é mexer o mínimo necessário para abrigar os representantes de sua nova base de sustentação parlamentar, Marta teve de se contentar com um palco menor em sua estréia no governo federal.

“Sou uma fazedora. Estou querendo fazer”, declarou a nova ministra ao sair da conversa com o presidente, no Palácio do Planalto. Questionada sobre a possibilidade de usar o cargo como trampolim para disputar novamente a Prefeitura de São Paulo, ela insistiu no seu bordão: “Estou de olho em fazer um bom serviço no Ministério do Turismo”. Claro que esse é um pré-requisito para qualquer candidato a vôos mais altos na carreira política. Se decepcionar como ministra, Marta terá mais dificuldade para decolar uma candidatura à Presidência da República. Meta que está não apenas no seu horizonte político, mas também de um grande grupo que disputa o poder no PT.

Com as confirmações de Marta e Walfrido, a dança das cadeiras vai chegando ao seu funiu. A desclassificação do deputado Odílio Balbinotti (PMDB-PR) para representar o PMDB no comando do Ministério da Agricultura deu início a uma repescagem na bancada. Os sinais resultantes da conversa do presidente Lula com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP), e o líder do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), apontam para a escolha do ex-ministro da Previdência de Collor e FHC Reinhold Stephanes (PMDB-PR).

Embora tenha ficado conhecido nacionalmente por sua atuação na área da Previdência Social, o economista Stephanes atuou no meio rural no início da carreira política. Foi subsecretário de Planejamento e Orçamento e secretário-geral substituto do Ministério da Agricultura e diretor do Incra no governo Médice e secretário da Agricultura do Paraná entre 1979 e 1981. Além de presidente da Sociedade Brasileira de Economistas Rurais no início da década de 1980. Mesmo com esse currículo, não é reconhecido como um representante da bancada ruralista. O que pode lhe causar problemas.

Se Stephanes for confirmado no Ministério da Agricultura, o presidente Lula quebrará uma regra que vinha mantendo desde o início do governo, a de não nomear ministro que tenha participado do governo FHC. Mas, ele próprio já indicou que tal princípio faz parte do passado na cerimônia de posse do peemedebista Geddel Vieira Lima (BA) no Ministério da Integração Nacional…
”

 

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