ComportamentoCrônica

CATACUMBA. Atílio Alencar e o lugar e época em que a maior tragédia cogitável era voltar sozinho para casa

“….Até os romances efêmeros da Catacumba expressavam o modo subversivo de se fazer festa no lugar: nada tinham a ver com os arroubos eróticos de bailinho universitário, com seus jogadores dispostos para a coreografia tradicional. Lá, os beijos ocasionais nasciam do conflito, da provocação, de uma certa urgência punk pela destruição de todas as obras de arte do mundo.  Cada gesto, um manifesto.

Muita gente boa teve sua iniciação boêmia naquelas escadarias laterais da Catacumba, ali em frente ao Quarto Menos Um da Casa do Estudante – espécie de cubículo siberiano para onde eram enviados os indesejáveis da casa. Muita rima inspirada, panfleto anarquista e sarau improvisado tiveram lugar nas rodas de cânhamo instaladas sobre os degraus da escadaria. E muito dejeto foi jogado pelos moradores mais conservadores da CEU, indignados com as afrontas costumeiras à moral e aos bons costumes ali praticadas.

Segundo um antigo desafeto, que quando bêbado se convertia num fiel comparsa de noitadas na Catacumba, aquele charmoso e decadente reduto era o único lugar onde “as pessoas dançavam até ao som de um tumor sendo extraído do útero de uma vaca”. Um exemplo do lirismo corrente nos subterrâneos da Boate do DCE…”

CLIQUE AQUI para ler a íntegra da reportagem “A noite nos tempos da Catacumba”, de Atílio Alencar. Atílio é graduado em História pela Universidade Federal de Santa Maria, atualmente trabalha com gerenciamento de mídias sociais e colabora com veículos de comunicação livre. Suas opiniões e críticas exclusivas estão disponíveis neste sítio todas as quartas-feiras.

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