Por Assessoria de Imprensa do CPERS
O Departamento de Saúde do Trabalhador do CPERS, em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências: Química da Vida e Saúde (PPGEC) da UFRGS e da UFSM, está lançando a pesquisa “Condições de Trabalho, Violências e o Adoecimento dos Trabalhadores em Educação no RS”.
A pesquisa, em elaboração desde agosto de 2019 pela doutoranda Jactiane Anzanello, pesquisadora das áreas de Saúde Pública, Saúde Coletiva e Educação, coletará informações junto à categoria sobre questões relacionadas à saúde física e mental, além da violência e o assédio no ambiente de trabalho.
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O estudo, desenvolvido sob a orientação da professora Maria Rosa Chitolina, busca analisar a situação dos professores(as) e funcionários(as) de escolas da rede estadual através da perspectiva da Psicodinâmica do Trabalho.
“Ter a percepção e o ponto de vista desses trabalhadores vai ajudar o CPERS a atuar de forma mais contundente no que for trazido como resultado. Vamos verificar como tudo isso influência na saúde e no trabalho desses educadores”, ressalta Jactiane.
Na manhã da última sexta-feira (12), Jactiane e a coordenadora do departamento de Saúde do CPERS, Vera Lessês, reuniram-se para oficializar o lançamento.
“Sabemos que a situação de miserabilidade e sobrecarga da categoria leva a doenças emocionais. A pesquisa nos mostrará como está a saúde mental e física de nossos professores e funcionários de escola. Além disso, estaremos abordando a questão da Covid, de como está sendo tratada nas escolas, as condições de trabalho e a violência sofrida no ambiente escolar”, destaca.
Jactiane frisa que o questionário extenso não deve desanimar os educadores(as), pois os resultados valerão a pena.
“É fundamental a participação de todos para a detecção das condições de trabalho e do ponto de vista dos professores e funcionários de escola. Através da pesquisa eles serão ouvidos e acolhidos”, destaca.
Vera aponta que a pesquisa também será uma importante ferramenta para a luta dos educadores: “A partir do resultado poderemos criar estratégias de mobilização e pressão para reivindicar melhorias junto à mantenedora e tornar a escola um ambiente de trabalho mais qualificado e acolhedor para os educadores”.
Após o questionário, a pesquisa passará à segunda etapa, que consiste em uma entrevista com profissionais que sofreram algum tipo de violência (física, verbal, assédio moral, assédio sexual, discriminação por cor, orientação sexual, gênero, idioma, nacionalidade, religião, capacidade profissional e aparência).
Esses educadores(as) serão contatados pela doutoranda ou poderão entrar em contato através do e-mail e telefone disponível na pesquisa.
O estudo garantirá sigilo sobre a identidade dos participantes.
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