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O exemplo do povo gaúcho – por Michael Almeida Di Giacomo

Mostra “de cidadania, de empatia, de altruísmo, de civilidade, de humanidade”

A tragédia em cidades do interior gaúcho, causada pelas fortes chuvas, tem levado especialistas na área ambiental a formular que estamos a vivenciar um novo “(a) normal” climático, com o aumento dos riscos de enfrentarmos, em períodos mais curtos de tempo, eventos do mesmo porte.

Um triste exemplo foi o ocorrido, em fevereiro, no litoral norte de São Paulo, onde em apenas 24 horas, chegou a chover 600 mm, uma tragédia que chegou a contabilizar mais de sessenta vítimas fatais.

É fato que muitos elementos climáticos – combinados – contribuíram para o horror a que comunidades inteiras foram submetidas. Um dos principais, percebido em todo o globo terrestre, é o inegável aquecimento dos oceanos e da própria atmosfera.

Outro exemplo, significativo, ocorreu no mesmo mês de fevereiro, agora na cidade do Rio de Janeiro, onde na Zona Oeste chegou a ter-se o registro de sensação térmica na casa de 58º graus. É, sem dúvida, um problema sério, que resta presente no dia a dia das grandes metrópoles, cada vez mais afeitas ao baixo número de espaços arborizados.

E, paradoxalmente, com o derretimento da neve nos polos do planeta, há o esfriamento pontual dos oceanos, a causar frios extremos em determinados países, em muitos casos, materializados sob fortes nevascas.

Todos eventos climáticos supracitados – causadores de tragédias irreparáveis, é possível perceber o alerta de que, ao menos, temos que racionalizar a relação que é a vida em comunidade, com o necessário equilíbrio sustentável, ao utilizarmos os recursos naturais dispostos à humanidade.

Por ora, importa registar o imenso calor humano visto nas ações de acolhimento e voluntariado de todas e todos os gaúchos, que se abraçaram aos moradores do Vale do Taquari.

É um exemplo de cidadania, de empatia, de altruísmo, de civilidade, de humanidade. 

É a exteriorização do modo de sentir a dor do outro, demonstrar que ninguém está só, que é possível acolher e contribuir para o bem-estar das pessoas, mesmo daquelas que, talvez, nunca tenhamos convivido.

(*) Michael Almeida Di Giacomo é advogado, especialista em Direito Constitucional e Mestre em Direito na Fundação Escola Superior do Ministério Público. O autor também está no twitter: @giacomo15. Ele escreve no site às quartas-feiras.

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2 Comentários

  1. Primeiro. O que se faz por obrigação moral não é exemplo. Vergonha é quem não contribui. Segundo, o que mais se vê são jornalistas, advogados(as) e similares falando sobre metereologia e clima. Falam o que leram/ouviram na midia que acessou os especialistas. Informação simplificada de terceira ou quarta categoria. Como se os intermediarios fossem tão bons que nada importante fosse ficar de fora.

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