Um 2021 para recomeçar – Por Giuseppe Riesgo
Articulista reafirma sua posição de combate a qualquer aumento de impostos
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O ano de 2021, finalmente, começou na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul. Com a eleição da nova mesa diretora poderemos, enfim, dar sequência nas importantes pautas que teremos, nesse ano. O governo aponta para desafios importantes. Dentre eles, a reforma da previdência dos militares, a PEC do teto de gastos e as atualizações acerca da adesão ao Regime de Recuperação Fiscal se destacam entre aqueles com maior importância no combate a crise estrutural das contas públicas do nosso Estado.
No entanto, convenientemente, o governo decidiu por ainda não pautar as discussões acerca da reforma tributária que, certamente, ocupará a agenda da Assembleia Legislativa no segundo semestre desse 2021 -, o que considero um grave erro. O regime de recuperação fiscal, o teto de gastos e as questões tributárias se interligam na forma e no método com que enfrentaremos nossos problemas fiscais para os próximos anos e não podem estar dissociados no debate público do Estado.
De antemão, posso adiantar à coluna que a minha posição seguirá sendo a mesma: não compactuarei com regime, proposta, reforma ou qualquer outra alteração que evite ajustes nas despesas e siga jogando a conta para o “contribuinte” gaúcho pagar. Em outras palavras, seguirei combativo a qualquer aumento de impostos e um ferrenho defensor de ajustes pelo lado da despesa.
O nosso Estado, governo após governo, sempre evitou o remédio amargo da austeridade em troca da solução mais fácil do aumento de impostos. Não à toa, sempre tivemos governos (e governantes) que preferiram distribuir a crise para o povo a concentrar, em si, a dureza do corte de gastos e o enfrentamento das corporações e privilégios que, historicamente, assolam o Rio Grande do Sul.
O ano, como eu disse, está só começando. Eu seguirei trabalhando para honrar a confiança dos meus eleitores e o investimento depositado em mim e na minha equipe. Para além disso, seguirei combatendo firmemente os altos gastos e privilégios distribuídos a rodo, para poucos, com os impostos dos trabalhadores gaúchos.
O que eu defendo é simples: um governo enxuto, barato e que atenda aos interesses mais básicos da população. Esse seguirá sendo o norte da minha atuação parlamentar: mais dinheiro no bolso de cada gaúcho e mais liberdade para empreender e trabalhar em nosso Rio Grande. Não há mágica e, tampouco, um governo mágico que dê conta da realidade e da crise econômica sem coragem e austeridade fiscal. É o trabalho e o equilíbrio nos gastos públicos que trarão prosperidade para nossa gente. O povo gaúcho já sabe disso. Está na hora dos governantes compreenderem o mesmo também.
(*) Giuseppe Riesgo é deputado estadual e cumpre seu primeiro mandato pelo partido Novo. Ele escreve no Site todas as quintas-feiras.
Há que se discutir outras coisas. Extinção da UERGS que já não se justifica. Rumos do RS. Não podemos prescindir do agronegócio, mas não podemos depender só dele. Com um agravante, muitas das soluções não dependem só dos gaúchos. Debate tem que sair do plano abstrato e virar ações concretas.