Da Assessoria de Comunicação do Gabinete do Reitor, com foto de Reprodução (site UFSM)
O início do ano letivo na Universidade Federal de Santa Maria, nesta segunda-feira (6), será marcada pelo retorno de cerca de 27 mil estudantes, sendo 4,7 mil calouros, em todos os campi da instituição. O momento importante na vida acadêmica dos estudantes que ingressam no Ensino Superior é tradicionalmente marcado por atividades de recepção e integração, que serão organizadas com o apoio e o acompanhamento das Pró-Reitorias de Assuntos Estudantis (PRAE) e de Graduação (Prograd).
Em relação aos “trotes”, a Pró-Reitora de Graduação, professora Martha Bohrer Adaime, lembra que a Universidade dispõe de uma resolução específica que regulamenta a recepção aos estudantes. Conforme o documento (Resolução n. 003/2000), é proibida a prática de manifestações que causem agressões físicas, morais ou qualquer tipo de tratamento desumano ou degradante, dentro do âmbito geoeducacional da UFSM.
A pró-reitora explica que as atividades de recepção promovidas pelos veteranos deverão ser realizadas ao longo da primeira semana letiva, mediante aprovação dos Colegiados de curso, sendo consideradas como uma programação oficial de recepção aos estudantes. Martha acrescenta que a Prograd incentiva a realização de trotes solidários, atentos às questões sociais, e que visem receber e apresentar a universidade aos calouros.
Atividades previstas dentro das programações oficiais que transgridam as normas da Universidade são passíveis de punição. Martha observa que, mediante denúncias, as ações serão apuradas e os alunos envolvidos poderão receber advertências, suspensões ou até expulsão.
O Pró-Reitor de Assuntos Estudantis, professor Clayton Hilling, reforça esse posicionamento da Universidade, destacando que a recepção aos calouros deve auxiliar os estudantes a passarem por esse período de ruptura entre o Ensino Médio e o Ensino Superior, e que muitas vezes envolve mudanças de cidade e o afastamento da família. “Em vez de agravar essa ruptura, que se suavize e torne esse momento importante e também singelo”, observa.
Saudando os alunos que retornam e ingressam na UFSM em 2017, o Reitor, professor Paulo Afonso Burmann, salienta a importância das atividades de recepção. Segundo ele, “este deve ser um momento de acolhimento humanizado e afetivo, que vise integrar os calouros à vida acadêmica”.
Semana da Calourada – Além das programações organizadas em cada curso, a volta às aulas também contará com atividades de recepção promovidas pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) e a Casa do Estudante Universitário II (CEU II).
Promovida pelo DCE, com apoio da PRAE, a terceira edição da Calourada será realizada de 6 à 12 de março, e contará com momentos de integração junto aos Restaurantes Universitários do campus, nesta segunda e terça-feira, palestras alusivas ao Dia Internacional da Mulher, na quarta-feira, e sobre Política e Empreendedorismo, na sexta-feira. Também será promovido, na sexta-feira à noite, o Calouraço do DCE, junto ao Centro de Eventos, e, no domingo, um festival ao ar livre, com shows, foodtrucks e mateada.
Já a programação da CEU II tem início no domingo à noite (5), com mateada em palco livre, no hall da União Universitária. De 13 à 17 de março, a Casa também promoverá Rodas de Conversa e, no sábado (18), a programação será encerrada com um passeio pela cidade de Santa Maria e, à noite, a boate da União no Centro de Eventos da UFSM.
E até ridículo todo ano essa estória com os trotes.
A preocupação para se evitar exageros e uso de violência é correta, mas realmente duvido que haveria alguma punição, quanto mais expulsão, mesmo acontecendo algo inominável. Há tolerância em demasia há décadas.
Agora um recado aos primatas que são os atores dessa coisa: hei, please, estamos no século XXI. Estamos nos tempos do Uber. Da inteligência artificial que encontra curas para doenças mais rápido que qualquer corpo médico. Dos drones. Quase aportando em Marte. Da nanotecnologia que faz nanopartículas para entrar dentro das células cancerosas para implodi-las. Das cirurgias precisas com robôs. E os primatas evoluídos que perderam os pelos, que passam no vestibular, têm de serem tratados como selvagens? Os “veteranos” que estão lá dentro, já primatas crescidinhos, tendo apenas um ano de diferença dos que vão entrar, ainda não se tocaram que a tradição do trote é sem cabimento, que já foi o tempo? Vamos acabar com essa tradição burra e virarmos civilizados?