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R$ 100 bilhões. Mais crédito e aumento de renda ampliarão o consumo e vão garantir o semestre

Enfim, parece que o tal de “mercado” resolveu encarar com otimismo o segundo semestre deste ano. Evidentemente, pelo menos desta vez, os doutos estão se baseando em informações objetivas – e não no “achismo” ou nas “previsões”. Se trata, no caso, da ampliação do crédito, com juros menores (a taxa básica tende a ser mais uma vez rebaixada nesta semana), combinada à ampliação dos rendimentos do brasileiros.

 

Mas, atenção: isso se dará no mercado interno, finalmente o grande garantidor de um desempenho bastante interessante da economia, até o final de 2009. Quem traz esses dados é uma reportagem publicada neste domingo pel’O Estado de São Paulo. O texto é de Marcelo Rehder e Márcia De Chiara. Confira:

 

“Consumo terá reforço de R$ 100 bi

Quase R$ 100 bilhões em recursos extras deverão ser injetados no consumo dos brasileiros neste ano, especialmente no segundo semestre. Esse dinheiro, proveniente do aumento da massa de rendimentos e da ampliação da oferta de crédito, viabilizada pela queda dos juros, deverá transformar a demanda doméstica no motor da recuperação da economia prevista para o segundo semestre.
A retomada do mercado interno deixa para trás o cenário de recessão técnica, marcado por dois trimestres consecutivos de queda do Produto Interno Bruto (PIB), que vai ser confirmado terça-feira pelo IBGE. Projeções do mercado indicam queda entre 3% e 0,75% do PIB no primeiro trimestre, segundo a Agência Estado. No último trimestre de 2008, o PIB caiu 3,6% em relação ao trimestre anterior.
Nesta semana, além de ser conhecido o PIB do primeiro trimestre, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne e deve anunciar um novo corte na taxa básica de juros (Selic), o que deve contribuir para a recuperação da economia. Desde o início do ano, a Selic já caiu 3,5 pontos porcentuais, para 10,25% ao ano. Os efeitos desse corte nos juros devem ter impacto maior na atividade no segundo semestre. “Leva ao menos seis meses para que as reduções na Selic comecem a repercutir”, diz Sergio Vale, economista-chefe da consultoria MB Associados.
A queda dos juros abre espaço para a ampliação da oferta de crédito e o alongamento dos prazos ao consumidor. Nas projeções da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a oferta de financiamentos para pessoas físicas deve crescer…”

 

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