Embaixo do tapete. Nem todos os temas virão à luz na eleição para a Presidência da Câmara
Uma série de privilégios permeia a atividade parlamentar, na Câmara dos Deputados. Eles, aos olhos de alguns, podem ser comezinhos mas têm grande importância para boa parte dos que ocupam uma cadeira na Casa. Vai desde viagens oficiais ao exterior, que podem engordar o holerite dos nossos edis federais, até outras pequenas ou grandes regalias não percebidas pelo cidadão. Isso sem falar na participação, em CPIs, de deputados que nela têm interesse direto a dos Combustíveis, para ficar num único exemplo, estava lotada de donos desse tipo de negócio.
Pois é esse tipo de, digamos, miudeza, que nem um dos três pretendentes à presidência do Parlamento pretende tocar, durante a campanha que se esgota em 1º de fevereiro. Há um acordo não escrito nesse sentido, entre os concorrentes: Aldo Rebelo, Arlindo Chinaglia e Gustavo Fruet.
Quem trata deste assunto, além de alguns poucos parlamentares, na prática alijados de qualquer interferência digna de nota, exceto o próprio voto, é a reportagem de Ana Paula Scinocca, da sucursal brasiliense do jornal O Estado de São Paulo. Acompanhe:
Temas tabus devem ser evitados pelos candidatos
Viagens ao exterior e composição de comissões parlamentares podem ficar de fora do encontro na TV
Em nome do corporativismo, temas espinhosos foram evitados e devem ficar de fora do debate, ainda não confirmado, entre os candidatos à presidência da Câmara. São assuntos considerados proibidos pois esbarram em privilégios e focos de corrupção enraizados no Congresso.
Entre os temas tabus, e que já foram alvo de críticas no passado, está, por exemplo, a composição de comissões permanentes e especiais – como as CPIs – formadas, em geral, por parlamentares com ligações aos setores investigados e viagens ao exterior por motivos, no mínimo, sem importância.
A CPI dos Combustíveis foi um exemplo típico. A comissão era formada por vários congressistas que tinham postos de gasolina.
Oficialmente, nenhum dos três candidatos à presidência da Câmara – o atual presidente, Aldo Rebelo (PC do B-SP), Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Gustavo Fruet (PSDB-PR) – admite a existência de temas vetados na campanha. Ao contrário, Chinaglia, na carta que encaminhou ontem a todos os deputados e na qual pede votos, ressalta não haver temas proibidos e menciona que o polêmico reajuste dos salários dos deputados será tratado com transparência. A decisão final, escreve, será do plenário.
Chico Alencar (RJ), líder do PSOL – partido que ainda não definiu seu candidato -, observa que a melhor candidatura é a que tiver a coragem de enfrentar o corporativismo na busca de votos na corporação.
As grandes questões políticas têm de ser colocadas acima da pequena politicagem, resume o deputado. Alencar acredita que o debate entre Fruet, Aldo e Chinaglia pode ser uma oportunidade de, não apenas os deputados, mas toda a sociedade conhecerem mais profundamente as propostas de cada um.
Nos bastidores, aliados das três candidaturas admitem que medidas enraizadas dificilmente serão mudadas e temas polêmicos devem passar longe dos que almejam o comando do Legislativo.
Ajustes pontuais podem até ser feitos, lembram deputados, citando, por exemplo, que Aldo alterou pontos importantes na reforma administrativa que realizou. Uma das medidas de Aldo foi a redução nas diárias de viagem ao exterior, o que já teria gerado economia de…
SE DESEJAR ler a íntegra da reportagem, pode fazê-lo acessando a página do jornal O Estado de São Paulo na internet, no endereço http://www.estado.com.br/editorias/2007/01/20/pol-1.93.11.20070120.20.1.xml.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.