Da Redação do jornal eletrônico SUL21
A “Live do Sul21” recebeu nesta sexta-feira o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Maneco Hassen, para falar sobre o papel dos prefeitos gaúchos no enfrentamento da pandemia de covid-19. Em uma conversa de cerca de 40 minutos com os repórteres Luciano Velleda e Luís Eduardo Gomes, o ex-prefeito de Taquari fala sobre o novo sistema 3As implementado pelo governo do Estado, sobre a responsabilidade do governo federal em dificultar o enfrentamento nos municípios e sobre como os prefeitos estão se preparando para lidar com um possível novo aumento de casos de coronavírus no Rio Grande do Sul.
Na abertura do programa, o presidente da Famurs foi enfático nas críticas ao modelo 3As por considerar que o governador Eduardo Leite (PSDB), ao dar mais protagonismo aos prefeitos na gestão da pandemia, se eximiu de responsabilidades e de ter que lidar com as pressões de setores econômicos e da população.
“Na verdade, é uma transferência integral de responsabilidade do governo do Estado para as cidades. O governador, por razões que não nos cabem discutir, porque ele também não explicitou, abre mão de qualquer liderança, de qualquer responsabilidade no processo de combate à pandemia e transfere integralmente este papel para os municípios. Os municípios, que já fazem a vacinação, que já fazem a fiscalização, já fazem as ações de prevenção, já fazem também as ações de combate direto nos hospitais, nos postos de saúde, nos hospitais de campanha em algumas cidades que foram montados, e agora também fazem o regramento. Ou seja, as cidades, através dos prefeitos e das prefeitas, assumem integralmente o combate à pandemia. E ao Estado fica o papel de apresentar os indicadores e de fazer alertas. Ou seja, o governo do Estado pede para os municípios fazerem aquilo que não teve coragem de fazer, que é adotar medidas mais ou menos restritivas conforme o andamento da pandemia”, critica.
Hassen acredita que a situação é consequência do ano ter começado com a ideia de que a pandemia estava chegando ao seu final, o que incluiu a falta de fiscalização do governo estadual no Réveillon e no Natal, apesar dos pedidos dos municípios, especialmente no litoral gaúcho e em outras cidades onde houve aglomerações. Depois veio o Carnaval, e o presidente da Famurs diz que os prefeitos novamente solicitaram ao Governo do Estado que ajudasse nas ações preventivas de combate à pandemia para evitar aglomerações. A ajuda, ele afirma, não existiu.
“Uma postura que passava a sensação para todos nós, para a sociedade e para os municípios, que nós estávamos chegando ao final, a vacinação iniciando. Aí vem o final do mês de fevereiro, somos surpreendidos, primeiro, com algumas regiões em bandeira preta e, na semana seguinte, todas as regiões em bandeira preta, com medidas drásticas e restritivas como até então o Estado não tinha tomado. Eu acho que, a partir dali, a postura do governo do Estado mudou, o diálogo que havia acabou, as ações começaram a ser tomadas sem nenhum critério. As modificações nas normas, mais restritivas ou menos, o governo do Estado começou a realizar sem a devida fundamentação, sem dialogar com os municípios e com a sociedade, sem ter explicação detalhada e convincente. Depois veio aquela polêmica da volta às aulas, a decisão judicial e aquela terça-feira em que o governo do Estado colocou todo o Rio Grande do Sul em bandeira vermelha com um canetaço. A partir dali, o anúncio da transferência de responsabilidade aos municípios, que é o que está ocorrendo agora. Todo mundo já antevia que havia a possibilidade de piorar a situação aqui no Estado e parece que o governo se adiantou a isso, transfere a responsabilidade aos municípios e se exime, portanto, das pressões, se exime das decisões polêmicas, se exime de ter que justificar porque fecha e porque abre determinado setor econômico e social nas cidades”, analisa…”
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Claudemir PTeira e seus sindicatos amados huahuahuahuahuahuahuahauahu, sempre né, sempre. Ex-Jornalista.
Olhando daqui a sinalização para a população desapareceu. ‘Ação’ é ‘ficar todo mundo trancado em casa’? ‘Alerta’ é ‘se eu fosse vocês faria alguma coisa’?
Governador é fraco, foi ‘engolido’ pelo prefeito de POA.
De fato. Levou um baile do Bastião Mello.