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EDUCAÇÃO. Pressão faz governo liberar verba de universidades federais, mas o cenário segue crítico

Orçamento ainda é insuficiente para manter instituições até o final deste ano

Entidades convocam Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública para este 19 de maio, quarta (foto Divulgação/Andes-SN)

Por Bruna Homrich / Da Assessoria de Imprensa da Sedufsm (com informções de Andes-SN e GaúchaZH

Após pressão nacional de dirigentes e sindicatos, o governo federal liberou 46% do orçamento previsto para as universidades no ano de 2021. Isto representa cerca de R$ 2,5 bilhões a serem enviados às instituições como forma de impedir que as atividades sejam interrompidas devido à inanição orçamentária. O anúncio de liberação da verba que estava retida pela União ocorreu na última quinta, 13, após uma série de universidades relatarem extremas dificuldades para fecharem o primeiro semestre.

Embora impeça um colapso imediato, a verba não é suficiente para garantir a sobrevivência das instituições até o final deste ano. A situação de extrema dificuldade visualizada agora é decorrente do corte de R$ 1 bilhão promovido pelo governo federal no orçamento discricionário das universidades em 2021. Isso levou a que a verba destinada para o ensino superior este ano fosse 18,2% menor que a de 2020, sem a correção da inflação.

Na última quarta-feira, 12, em coletiva de imprensa, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou que, devido à inanição orçamentária, teria de encerrar as atividades no próximo mês de julho. “Nossa conta de luz não é decorrente só das salas de aula. Como manter leitos abertos, como manter laboratórios funcionando, como manter o sonho da vacina brasileira sem que consigamos pagar nossa conta de luz, nossa conta de água? E o que é mais grave: os contratos de segurança e limpeza dos nossos prédios”, anunciou a reitora da UFRJ, Denise Pires Carvalho.

Diversas outras universidades brasileiras relatam cenários semelhantes. A própria UFSM sofreu uma redução de 21% no orçamento em relação a 2020. Segundo o reitor Paulo Burmann, a universidade vive “um dos piores cenários financeiros de todos os tempos”.

Em entrevista à Gaúcha ZH, Burmann disse que o novo recurso anunciado na quinta traz um pouco de fôlego, mas situação segue preocupante. “Ainda temos algo próximo de 14% do recurso previsto bloqueado, além da defasagem de 18,4% em comparação com o orçamento do ano passado. Esse novo recurso nos dá um pouco de fôlego e permite que algumas instituições funcionem até agosto, outras até outubro, mas ainda não é suficiente para manter as universidades funcionando até o final do ano. Seguiremos lutando”, disse o gestor, que também integra a diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). 

Para a diretora da Sedufsm, Márcia Morschbacher, a situação vem se agravando a cada ano que passa. “O impacto concreto dos cortes no orçamento feitos pelo governo Bolsonaro é as Instituições Federais de Ensino Superior fecharem as portas. Sem recursos para ensino, pesquisa, extensão, bolsas, assistência estudantil e para as despesas fixas como energia elétrica, limpeza, vigilância, etc. Estamos diante de um novo corte que atinge um orçamento profundamente fragilizado pelos cortes realizados pelo governo federal nos anos anteriores e pela EC 95/2016, que impuseram uma série de medidas por parte das instituições para manter o seu funcionamento”, critica a docente…”

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Um Comentário

  1. Kuakuakuakua! A manifestação é amanhã e já tem foto pronta! Kuakuakuakua!
    Poderia ser pior, presidente argentino noutro dia foi à França pedir penico para o FMI e o Clube de Paris. Esquerda para quebrar um pais é muito eficiente.
    Agora o governo de lá suspendeu a exportação de carne porque o preço ‘está muito alto’. Significa que o rebanho vai encolher futuramente e o preço vai subir mais ainda.
    Fronteira com a Venezuela andou fechada, mesmo assim tem gente vindo para o lado de cá comprar mantimentos. E cachorro quente tem um novo significado por lá.

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