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QUARTA COLÔNIA. Com apoio da UFSM, região busca a criação de uma Escola Família Agrícola (EFA)

Instituição pode amenizar os problemas de migração no setor rural

Moradores da Quarta Colônia estão mobilizados por uma Escola Família Agrícola (EFA)

Por Assessoria de Imprensa da UFSM, com informações e foto da Subdivisão de Geoparques da UFSM

A sucessão familiar rural é um problema social presente na vida das famílias rurais. Os filhos saem para estudar em outras regiões e não retornam para as propriedades. As experiências indicam que um centro de formação agrícola que valorize o trabalho e a vida rural pode amenizar os problemas de migração e ainda auxiliar nos processos de desenvolvimento rural.

Vivenciando esse problema, um grupo de pessoas da Quarta Colônia iniciou, nos últimos meses, a mobilização em prol de uma Escola Família Agrícola (EFA). A primeira reunião foi realizada em novembro, no Seminário Franciscano de Agudo, com a presença de várias pessoas da comunidade. 

Após isso, foram realizadas visitas na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc) e na Escola Família Agrícola de Vale do Sol (Efasol) de Vale do Sol para conhecer a dinâmica das escolas de alternância. Esse projeto de escola utiliza a pedagogia da alternância em seus princípios, ou seja, alterna suas atividades entre as aulas na escola e imersões na realidade rural. Com a formação da escola, a ideia é proporcionar aos jovens rurais conhecimentos gerais e técnicos voltados para a realidade agrícola, construindo projetos de vida voltados para empreender na agricultura familiar.

Reitor da UFSM sinalizou apoio ao projeto
No dia 24 de janeiro, parte da comitiva reuniu-se com o reitor da UFSM, Luciano Schuch, para apresentação do projeto da escola de alternância na Quarta Colônia. Schuch sinalizou a parceria da UFSM com o projeto da escola e disponibilizou os recursos humanos e infraestrutura para o apoio a essa iniciativa. Integraram a comitiva Tiago Janner, Frei Patrício Ceretta e Ademir Carnelutti. Jaciele Sell, coordenadora do Geoparque Quarta Colônia Aspirante Unesco, e Ezequiel Redin, representante da área de Extensão Rural do Geoparque, participaram da reunião.

Para o professor Tiago Janner, um dos coordenadores do grupo pró-EFA, a importância de uma escola técnica agrícola que trabalhe com a pedagogia da alternância é fundamental para as comunidades da região. Valorizando o campo e os saberes e fazeres dos agricultores, o jovem vai construindo conhecimento em uma EFA e tende a permanecer na propriedade rural, reivindicando políticas públicas para a agricultura familiar.

Para Jaciele Sell, a movimentação para a criação de uma EFA no território da Quarta Colônia é fundamental também para a consolidação da região como Geoparque Mundial da Unesco. Vai ao encontro dos princípios de um geoparque, desde sua construção botton-up, ou seja, partindo da demanda da comunidade local, até o propósito de reduzir o êxodo desses municípios, passando por uma forma econômica, social e ambientalmente sustentável da produção agrícola.

Segundo Tiago, a UFSM desempenha um papel fundamental na região central do RS, com seus projetos de extensão, em especial o Geoparque Quarta Colônia. Para ele, é preciso união de todos.

“Nossos municípios não vão crescer isolados como uma ilha, todos irão se desenvolver juntos, um se inspirando no outro, crescendo igualmente, e uma EFA tem este princípio regional de apoio, assim como um Geoparque. EFA e Geoparque é uma combinação perfeita”, destaca.

A escola pretende atuar em uma abrangência de 15 municípios da Região Central. Para isso, a comunidade criou uma comissão provisória que está à frente das demandas. Nesse momento, o grupo está mobilizado na sensibilização da comunidade regional e em busca de apoio ao projeto educacional. Os próximos passos do grupo envolvem a criação de uma associação para manutenção da escola. O movimento possui apoio de cooperativas agrícolas e de crédito, instituições de extensão rural, sindicatos rurais, famílias rurais, igrejas, universidades, grupos de trabalhadores, juventude rural e demais organizações locais.

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