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10 MESES. Uma tragédia que não se esquece. E a lembrança virá na forma de abraços. Mas não apenas

Em setembro, jovens foram às ruas para abraçar. Agora, todos estarão juntos, outra vez
Em setembro, jovens foram às ruas para abraçar. Agora, todos estarão juntos, outra vez

Foram 242 mortos. Todos jovens. E outros 600 feridos, muitos com sequelas que vão durar muito tempo. Todos jovens, também. Como esquecer? Impossível. Menos ainda para os parentes e amigos que, a cada mês, tratam de colocar para a sociedade a responsabilidade que ela tem, de garantir que a impunidade não seja o resultado final.

Neste 27 de novembro, dez meses depois, uma série de atividades acontece. Para saber mais, acompanhe a reportagem de Luiz Roese (texto e fotos), que o jornal A Razão está publicando em sua edição desta quarta-feira. A seguir:

Tragédia completa 10 meses nesta quarta

kiss seloMais uma vez, para não deixar a tragédia da Boate Kiss ser esquecida, várias atividades estão programadas para hoje (quarta) em Santa Maria, no dia em que o incêndio na casa noturna completa 10 meses. Como todo dia 27, o acontecimento será lembrado com o já tradicional minuto de barulho e um culto ecumênico. Mas o “aniversário” também terá distribuição de abraços e uma atenção especial voltada à prevenção.  

A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM) recebeu o apoio do Fórum dos Conselhos das Profissões Regulamentadas do RS. A entidade é parceira da AVTSM para retomar o interesse da sociedade para a necessidade de fiscalização preventiva em todos os estabelecimentos que oferecem riscos, seja de incêndio, sanitários, ambientais ou outros. A discussão se tornou necessária após a tragédia da Kiss, quando foram apontadas falhas de fiscalização, principalmente por parte do poder público, com ênfase no PPCI (Plano de Prevenção contra Incêndio).

Para dar esse enfoque na prevenção, o Fórum terá a parceria de diversos conselhos profissionais que confirmaram a participação em uma ação conjunta em Santa Maria. Entre eles, estão profissionais de nutrição, educação física, contabilidade, psicologia, fonoaudiologia, economia, administração, engenharia, agronomia, farmácia, medicina veterinária, fisioterapia, terapia ocupacional, biblioteconomia, enfermagem, biologia, serviço social, além de corretores de imóveis.

Desde a noite de ontem (terça), os diversos profissionais realizaram ações de fiscalização noturnas. Em conjunto com o Corpo de Bombeiros e a fiscalização municipal, foi feita uma averiguação de Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) em bares e restaurantes. Hoje, dia 27, haverá uma concentração em frente à inspetoria do CREA-RS, na Avenida Borges de Medeiros, às 9h. Durante o dia, alguns representantes dos seus respectivos conselhos darão orientações à população na tenda da AVTSM, na Praça Saldanha Marinho (em frente ao Banrisul). Os profissionais falarão sobre os processos de fiscalização (canais de comunicação e denúncias) e sobre suas profissões.

Os 10 meses de saudade também serão marcados por uma distribuição de abraços na Praça Saldanha Marinho, às 15h. Participarão jovens que já realizaram o mesmo ato em setembro, no dia em que a tragédia completou oito meses.

Depois, a partir das 18h30, familiares e amigos das vítimas vão se concentrar na Praça dos Bombeiros para o tradicional minuto de barulho, que ocorrerá às 19h, com palmas, buzinas, apitos e sinos. Logo após, será realizado outro evento que também virou rotina: um ato ecumênico. Neste mês, ele vai ocorrer na Igreja Evangélica de Confissão Luterana, na Rua Barão do Triunfo, 1.080, esquina com a Rua Coronel Niederauer, em frente à praça.”

Ato ecumênico acontece novamente na Igreja Luterana, logo após o minuto do barulho
Ato ecumênico acontece novamente na Igreja Luterana, logo após o minuto do barulho

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2 Comentários

  1. 10 meses da maior tragédia da história do Rio Grande do Sul e uma das maiores do mundo!

    Infelizmente, apesar da Polícia Civil ter feio o seu trabalho, o Ministério Público por motivos não convincentes não fez bem o seu papel, deixando o cidadão ainda mais desprotegido e descrente nas instituições.

    Na Câmara de Vereadores parece que se resolveu não mais falar em nada, pois apesar de todo a novela da CPI da Kiss, com gravações gravíssimas, até hoje não sabemos o que vai acontecer com a a vereadora Sandra Rebelato e o vereador Tavores Fernandes, envolvidos naquela celeuma.

    Os demais 19 vereadores e vereadoras vão fazer o que? Houve ou não quebra do decoro parlamentar? Aquelas gravações resultarão em nada assim como a CPI? Em que pé anda a situação disto?

    O esquecimento e silêncio proposital assustam, pois até mesmo quem foi colocado para fora da Câmara por pressão popular pode acabar voltando, isto se quem elege a Mesa Diretora e escolhe os cargos não tiver vergonha na cara nem respeito pelos familiares.

    Estamos de olho!

    A melhor maneira de fazer a cidade voltar a sorrir não é acender luzes de natal no calçadão apenas e sim acender a luz do basta de safadeza, a luz da esperança de que justiça pode ser feita e que os malfeitores não sairão impunes, seja em processo judicial, processo por quebra de decoro parlamentar e até mesmo na escolha de quem ocupa cargo público, pago com o dinheiro público.

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