Briga de “pop-stars”. Confronto judicial entre gigantes da imprensa agora se dá em sigilo

Publiquei nota em meados de dezembro (confira as sugestões de leitura, lá embaixo) dando conta do pugilato verbal entre o jornalista Paulo Henrique Amorim (site Conversa Afiada e Rede Record de TV) e o colunista Diogo Mainardi, da revista Veja.

O forrobodó se deu durante audiência de “conciliação” na Justiça de São Paulo, onde corre processo de Amorim contra Mainardi, por injúria e difamação. O arranca-rabo foi tema de reportagem da revista Consultor Jurídico, texto reproduzido por muita gente, inclusive nesta (nem sempre) humilde página de internet.

Pois bem. Embora ninguém diga, foi exatamente a publicidade que se deu em torno do bafafá a motivadora do pedido de Paulo Henrique Amorim, encampado pela promotoria e determinado pela magistrada que cuida do caso, a causa da decretação de sigilo no processo.

É discutível, cá entre nós, essa decisão. Mas precisa ser acatada, afinal, enquanto não houver manifestação diferente, de instância superior, é o que vigora. Quem conta melhor essa história é o repórter Rodrigo Haidar, da Conjur. Confira:

“Segredo de imprensa – Promotor explica sigilo no processo Amorim x Mainardi

O animador de programas da TV Record e blogueiro do iG Paulo Henrique Amorim entende que determinadas informações do processo criminal que ele move contra o colunista de Veja Diogo Mainardi não devem ser levadas ao conhecimento da imprensa. Para ele, o que se discute no processo interessa só às partes envolvidas.

Foi em razão desta manifestação de vontade de Amorim, feita depois que a revista Consultor Jurídico publicou reportagem sobre a primeira audiência da ação penal, que o promotor de Justiça Arnaldo Hossepian Júnior pediu a decretação de segredo de Justiça no processo e a juíza Michele Pupulim deferiu o pedido.

O blogueiro do iG processa Mainardi por injúria e difamação. O motivo do processo é um texto no qual Mainardi afirma que Amorim, na fase descendente de sua carreira, foi contratado pelo portal iG por R$ 80 mil e se engajou pessoalmente “na batalha comercial do lulismo contra Daniel Dantas”.

“A questão que se colocou foi diante do estrépito que estava causando essa demanda. Paulo Henrique Amorim pediu providências no sentido de que alguns dados não fossem levados ao conhecimento da mídia, porque eram questões que interessavam só às partes envolvidas”, explicou o promotor à ConJur.

Depois da manifestação de Amorim, Hossepian Júnior entendeu por bem “pedir para a juíza que decretasse sigilo no processo, uma vez que as partes envolvidas são pessoas conhecidas, mas a matéria discutida interessa, por enquanto, aos dois”. O promotor ainda disse que…”

SUGESTÕES DE LEITURA – confira aqui a íntegra da reportagem “Segredo de imprensa – Promotor explica sigilo no processo Amorim x Mainardi”, de Rodrigo Haidar, na revista Consultor Jurídico.

Leia também a nota “Que espetáculo!!! Dois “pop-stars” do jornalismo se digladiam. Onde? Na frente de uma juíza”, que publiquei em 19 de dezembro.