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#24J. Manifestação neste sábado, em Santa Maria, pediu vacina, pão, educação e criticou privatizações

Outras palavras de ordem mobilizaram os presentes, inclusive sobre a UFSM

Após discursos na praça, manifestantes caminharam pelas ruas centrais, na tarde deste sábado (foto Rafael Balbueno/Sedufsm)

Por Fritz R. Nunes / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)

“1, 2, 3, 4, 5 mil. Bolsonaro genocida, inimigo do Brasil”. Essa foi uma das palavras de ordem mais ouvidas na tarde deste sábado, 24 de julho, no ato público ocorrido na praça Saldanha Marinho, em Santa Maria.

Representações de sindicatos, movimentos sociais, coletivos estudantis e partidos políticos, se revezaram ao microfone, em cima do carro de som, para criticar a conduta do governo federal em relação à pandemia de Covid-19. “Queremos pão, vacina, saúde e educação” foi um dos slogans do #24J, o quarto protesto pedindo o afastamento do presidente Jair Bolsonaro, sendo antecedido pelo #3J; #19J e #29M.

Falando em nome da Sedufsm, o diretor da entidade, professor Leonardo Botega, destacou que a luta tem sido intensa para a defesa dos serviços públicos, dentre as quais, ele destacou a mobilização contra a reforma administrativa (PEC 32), que visa ao desmantelamento da estrutura estatal brasileira.

E, se já não bastasse o desmonte do Estado, a tragédia de vidas perdidas em função da Covid, disse ele, “esse governo, junto com seus lacaios aqui da cidade, pretende intervir na universidade”, se referindo ao processo de escolha do (da) novo (nova) reitor (a) da instituição, em que, candidaturas alinhadas ao bolsonarismo, e que não fizeram parte da consulta pública, se inscreveram para tentar constar na lista tríplice que será encaminhada por integrantes dos conselhos superiores da UFSM a Brasília.

Na avaliação do diretor da Sedufsm, essa tentativa de intervir no processo interno da instituição, é um desrespeito à democracia e à autonomia da UFSM. “Nós estamos aqui justamente porque defendemos a vida, defendemos a democracia. E é por isso que nós convidamos todas e todos a gritar: não, não, não, à intervenção”, exclamou Leonardo Botega.

Aliás, o tema de uma futura intervenção do governo Bolsonaro na gestão da universidade, assim como já ocorreu em mais de 20 instituições federais, também fez parte da abordagem de outras entidades, especialmente as estudantis, e até mesmo de dirigentes de partidos de esquerda que se manifestaram no carro de som. Lucas Reinehr, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE), foi um dos que se manifestaram em oposição à intromissão do bolsonarismo na UFSM.

Luis Eduardo Bonetti, da coordenação do DCE/UFSM, interpreta que a UFSM está “sob ataque”. Em sua manifestação, o líder estudantil falou sobre a necessidade de que a decisão da comunidade da UFSM seja respeitada. Para Bonetti, o governo Bolsonaro traz (más) lembranças do período em que o Brasil vivia sob uma ditadura, e que reitores (as) precisavam ser alinhados ideologicamente com o governo.

Aumento da miséria. Privatizações

Além dos temas já citados, a questão do aumento da pobreza e da miséria no país, bem como o projeto acelerado de privatizações de estatais, foram lembrados pelos manifestantes. Uma dirigente do Sindiagua enfatizou o rolo compressor do governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), que além de privatizar a água (estatal Corsan), também quer entregar para o sistema financeiro, o Banrisul. Eloiz Cristino, da CUT Regional Centro, informou que o movimento sindical está organizando um plebiscito para ouvir a opinião da sociedade sobre as privatizações.

João Gilli Martins, falando pela CSP-Conlutas, trouxe dados sobre o aumento crescente da insegurança alimentar no país, o que tem gerado mais pobreza e miséria. Segundo Gilli, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), divulgou que a cesta básica teve um aumento de cerca de 30% nos últimos meses (maio de 2020 a maio de 2021).

Após as intervenções das entidades, no ato público, por volta de 16h30, centenas de manifestantes marcharam pelas ruas centrais de Santa Maria. Não somente durante a caminhada, mas em todos os momentos do protesto, os (as) organizadores (as) chamavam a atenção para os cuidados sanitários: uso de máscaras (de preferência, PFF2) e álcool em gel, além de respeito ao distanciamento social…”

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