CÂMARA. Com a presença de Promotora, reunião aberta tem debate sobre transporte público em SM
Processo para abrir licitação tem mais de década. Giani Saad explica as razões
Por Mateus Azevedo / Da Assessoria de Imprensa da Câmara de Vereadores
A Comissão Especial do Transporte Público Municipal (Cetrans) realizou reunião pública na manhã desta quinta-feira (01), no Plenário da Câmara de Vereadores de Santa Maria. Na oportunidade, a comissão recebeu a promotora de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul, Giani Pohlmann Saad, para explanar sobre a ação pública, movida pelo MP, para o cancelamento do contrato de prestação do serviço do transporte público municipal entre Prefeitura e empresas e a abertura de um processo licitatório.
O presidente da Cetrans, vereador Ricardo Blattes, destacou a relevância de dar publicidade a esse tema tão importante. “Justamente para trazer para a comunidade esse debate”. Ressaltou também que as reuniões da comissão são transmitidas, ao vivo, pela TV Câmara e pelo YouTube: TV Câmara Santa Maria, todas às quintas-feiras.
A promotora de Justiça do MP/RS elogiou a Câmara de Vereadores por ter criado essa comissão especial para tratar de um tema que é amplo. “Não se trata só do uso do ônibus, mas da mobilidade urbana”. Depois, Giani fez um resgate histórico do processo que, após ser instalado um inquérito civil, em 2010, se ingressou com a ação pública para a abertura de licitação. Lembrou que os contratos iniciais são de 1976 e tiveram sucessivas prorrogações.
Resgatou que em 2010, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) levou várias questões ao MP, como a falta de transparência nos valores que balizam o preço das passagens, entre outras questões. E explicou à população o motivo de um processo como esse demorar vários anos para ter um desfecho. Segundo ela, o processo tramita em uma vara que tem cerca de 26 mil processos.
“Esse processo, hoje, tem 23 volumes”. Garantiu que esse tema é o carro chefe da promotoria em que atua. “Acho que nunca estivemos tão perto de estarmos, em dezembro, com esse edital pronto”, comemorou. E com uma nova licitação, a promotora espera que se tenha uma tarifa mais barata.
Após vários anos de tramitação, em outubro de 2019, conforme a promotora, o processo teve a definição da necessidade de realização de uma licitação. No início de 2020, a Prefeitura pediu prorrogação de prazos e, em março do mesmo ano, veio a pandemia que, segundo Saad, teria atrasado o processo.
Recomendações à Prefeitura
A promotora informou que o MP fez duas recomendações ao Poder Executivo durante a pandemia: obrigatoriedade na utilização de máscaras no transporte público pelos passageiros e de negociação do contrato com as atuais empresas que prestam o serviço, atualmente, por conta da essencialidade deste serviço. Giani Saad destacou também que durante esse último período, o Poder Executivo apresentou uma proposta de edital que, segundo ela, não atendia às atuais necessidades do município “Na verdade, era um edital semelhante ao de 2010 em um mundo que mudou muito”.
Mudança de objeto
O relator da comissão perguntou como se deu a mudança do objeto da ação pública: de uma anulação do contrato e abertura de nova licitação, para um reequilíbrio econômico e financeiro das atuais empresas. A promotora explicou que com 12 anos de processo, se percebeu que esse reequilíbrio econômico e financeiro estava trancando o processo. “Então, a ideia foi que isso fosse resolvido de vez e que não trancasse a ação”.
Por fim, o presidente da comissão destacou a importância de se saber quanto custa à totalidade do transporte coletivo se, hipoteticamente, esse serviço fosse abarcado pelo município. “Essa é uma discussão que essa casa tem que fazer”. Os parlamentares também solicitaram ao MP o ingresso da Câmara de Vereadores na ação pública, instaurada em 2010 como parte interessada.
PARA LER A ÍNTEGRA, NO ORIGINAL, CLIQUE AQUI.
ATENÇÃO
1) Sua opinião é importante. Opine! Mas, atenção: respeite as opiniões dos outros, quaisquer que sejam.
2) Fique no tema proposto pelo post, e argumente em torno dele.
3) Ofensas são terminantemente proibidas. Inclusive em relação aos autores do texto comentado, o que inclui o editor.
4) Não se utilize de letras maiúsculas (CAIXA ALTA). No mundo virtual, isso é grito. E grito não é argumento. Nunca.
5) Não esqueça: você tem responsabilidade legal pelo que escrever. Mesmo anônimo (o que o editor aceita), seu IP é identificado. E, portanto, uma ordem JUDICIAL pode obrigar o editor a divulgá-lo. Assim, comentários considerados inadequados serão vetados.
OBSERVAÇÃO FINAL:
A CP & S Comunicações Ltda é a proprietária do site. É uma empresa privada. Não é, portanto, concessão pública e, assim, tem direito legal e absoluto para aceitar ou rejeitar comentários.