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ELEIÇÕES 2012. Sem aliança para vereador, faltará cargo para oferecer, em troca de aliança para prefeito

Há dois fatores (entre outros) que complicam bastante a vida dos partidos, na formação das alianças para 2012. Um deles, obviamente, é a indefinição de Jorge Pozzobom, do PSDB, que negaceia acerca de sua candidatura. Se acontecer, obviamente atrairá pelo menos dois ou três partidos. Se não, e todos forem com Cezar Schirmer, do PMDB, a situação se complica bastante.

O outro é a praticamente certa mudança que se prevê seja aprovada no Congresso, e que acaba com as alianças no pleito proporcional. Logo, não estará em jogo, no debate prévio, a possibilidade de coligação para a Câmara de Vereadores – algo que, como é bom lembrar, sensibilizou o PP em 2008, que “entesou” e forçou a aliança no parlamento com o PMDB, como condição para apoiar o atual prefeito.

Bobagem? Coisa nenhuma. Sobre esses dois temas já se debruçam todos os articuladores para 2012, independente, por exemplo, de quem será o candidato do PT à Prefeitura. Nome indefinido a parte, com quem os petistas farão aliança? Não se sabe. É provável que o PR esteja nessa. Os aliadas habituais, PC do B e PSB, ainda estão na muda. Há quem gostaria de aderir a Schirmer. Mas o que este terá a oferecer?

Afinal de contas, há um limite de CCs disponíveis para ser oferecidos. E a parceria principal será entre PMDB e PP, ficando as sobras para os demais. Isso vale para o PT, também – que não poderá ampliar tanto o leque, sob pena de não ter o que dar em troca de uma aliança.

Pepino? Dos grandes. Agora, imagine-se, apenas por hipótese (e que longe está de ser descartada), que o PSDB e Pozzobom fechem acordo com Schirmer. Não sairá politicamente “barato”, se depender do que diz o deputado. Concorrendo, o tucano leva junto pelo menos duas siglas, na prática desidratando as demais coligações.

Por essas e outras, e olha só o outro benefício (para a sociedade) do fim das alianças proporcionais, cai muito a cotação dos partidos “de aluguel”. Afinal, ninguém cede 30 segundos de TV e Rádio “de graça”. Quer compensação. Mas, e se ela for impossível?

Assim, não é fortuito que as conversas estejam apenas num nível preliminar. Por enquanto, só grandes papeiam. Os pequenos e médios vão ficar para depois. Gostem ou não.

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