Por Rafael Balbueno / Da Assessoria de Imprensa da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm)
A pandemia obrigou o mundo a se adaptar e com a educação, por óbvio, não foi diferente. Seja em nível municipal, estadual ou federal, a educação precisou encaixar um modelo didático inicialmente baseado na presencialidade, em um formato de ensino remoto, e esse é apenas um dos muitos exemplos que poderiam ilustrar tal processo de adaptação que, na maioria das vezes, ocorreu do dia para a noite.
Entender um pouco do impacto dessas mudanças é um dos objetivos da pesquisa produzida por docentes e dicentes que integram o Kairós, Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Trabalho, Políticas Públicas e Educação, e que traz como título “Trabalho pedagógico e tecnologias educacionais: uma análise dos movimentos de sentidos nos discursos de professores”.
A pesquisa, que fará parte do livro “Formação de professores: políticas públicas e tecnologias educacionais”, foi tema da edição 35 do Ponto de Pauta, que contou com a presença da professora do Colégio Técnico Industrial e do Programa de Pós-graduação em Educação da UFSM, coordenadora do Grupo ‘TransformAção’, Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas e Trabalho Pedagógico na Educação Profissional do CTISM, e uma das professoras responsáveis pela pesquisa, Mariglei Severo Maraschin. A seguir, destacamos alguns trechos da conversa.
Diferentes realidades
Na tentativa de englobar a educação em seus diferentes níveis, a pesquisa organizada pelo Kairós buscou professores e professoras das redes municipal, estadual e federal. E parte dessa diversidade um dos achados centrais da pesquisa: cada realidade conviveu com um cenário e, consequentemente, com impactos diferentes. Por exemplo o caso da rede municipal.
Segundo Mariglei, possivelmente por ser a menor dentre as três, as entrevistas relativas à rede municipal relataram oportunidade de formação, preparação e planejamento perante a adaptação imposta pela pandemia. Assim, as realidades das escolas tiveram a oportunidade de reflexão, o que promoveu uma adaptação até tranquila, em alguma medida.
A entrevista na íntegra pode ser conferida clicando abaixo
Já na rede federal, segundo a pesquisa, a situação foi muito específica a cada caso e conforme cada instituição, até porque não houve um planejamento central que definiu as bases de como as coisas funcionariam neste nível. Nisso, em muitos casos, cada professor e professora acabou se adaptando a partir de suas próprias experiências.
Por fim, as entrevistas relativas à rede estadual relataram em comum um mesmo problema cotidiano da categoria: a burocratização. Segundo professores e professoras, o trabalho até aqui foi consideravelmente consumido por tarefas burocráticas como preencher tabelas e elaborar documentos.
No ensino remoto, material impresso
Outro dado apurado pela pesquisa e considerado importante trata do ainda massivo uso de materiais impressos, em especial na rede estadual, mesmo com toda a inserção das tecnologias. E isso tem uma explicação bastante simples: a falta de acesso a computadores, celulares e internet de qualidade para que se consiga assistir aulas e realizar tarefas. “Para nós foi surpreendente porque na nossa realidade, enquanto grupo, a gente se adaptou bem. A gente vive no meet, no e-mail, mas essa não é uma realidade da educação básica. Os alunos até têm acesso a celulares, mas muitas vezes é um celular para uma família que tem que se dividir, e esse celular não consegue acessar as aulas, os aplicativos”, explica a professora Mariglei Severo Maraschin…”
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