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ELEIÇÕES 2022. Romildo Bolzan Jr, do PDT, só decide sobre candidatura ao Palácio Piratini no fim do ano

Presidente do Grêmio afirma que, por enquanto, seu foco é apenas no clube

Mesmo sem decidir, Bolzan Jr já abre algumas posições. É contra privatizar Corsan e Banrisul, por exemplo (foto Reprodução)

Reproduzido do site do jornal Correio do Povo / Texto original de Eric Raupp

Concorrer ao cargo de governador do Rio Grande do Sul é uma possibilidade ainda em análise pelo presidente do Grêmio e ex-prefeito de Osório, Romildo Bolzan Jr. Em entrevista à Rádio Guaíba nesta quarta-feira, o advogado, filiado ao PDT, afirmou que ainda não decidiu sobre seu futuro. “Não descarto porque sou um ser político, não vou dizer que não. Mas nesse momento não penso nisso. No final do ano, irei trabalhar esse tema. Depende muito do Grêmio. O clube tem um desempenho insatisfatório, e essas coisas me remetem a não deixar o time assim. Jamais”, explicou, garantindo que, se concorrer, será uma alternativa pautada por resultados e não bandeira ideológicas.

Romildo, de 61 anos, disse ter o “conceito claro” de que não é possível conciliar as duas vias e reconheceu a projeção que ganha a partir da gestão de um clube do futebol. “É enorme e pode transparecer uma oportunidade ou oportunismo. Para mim, não cola. Não gosto disso. Temos sete anos de governança boa, mas, vamos ser bem realistas: se tivermos um contexto ruim, a situação muda muito rápido”, disse, considerando que existe uma deslegitimização de seu trabalho à frente do Grêmio nas mídias por conta do péssimo início no Campeonato Brasileiro.

Ainda que tenha visibilidade em frente a uma das maiores instituições esportivas do Brasil, Romildo avaliou que, acima de preferências futebolísticas, o melhor cabo eleitoral é a percepção da população acerca das ideias de um candidato. “E a percepção que as pessoas têm do clube é de que tem projeto. O voto é uma conjuntura. Não é porque tu és gremista ou colorado. É questão ideológica, tu inclui e exclui por suas posições políticas ideológicas. Eu nunca deixaria de votar numa pessoa por ela ser colorada se eu me identificasse com suas ideias”, disse.

“A minha maior experiência foi pública e foi o que levei para o Grêmio. Enquanto prefeito estava submetido a uma série de limites constitucionais e fiscalizações, legais, da mídia e da população. Lá, tu tens que trabalhar a ideia de prestar contas, de resultado. A pior imagem que um político tem hoje é a de não passar responsabilidade. Transfiro tudo isso para o clube de futebol. Temos controle interno, externo, por meio do conselho deliberativo, fiscal, da torcida, da mídia, além de um estatuto”.

Filosofia administrativa de resultados 

Além disso, Romildo se considerou um homem “de resultados” e que trabalharia para buscar unidade em um contexto de polarização. “Minha filosofia administrativa é de resultado, não de ideologia. Não vejo nenhuma dificuldade em dizer que a boa gestão não é questão de partido, mas de cumprir com aquilo que você tem que fazer”, comentou. No entanto, reconheceu que, se as questões avançarem, será necessário fazer alianças com partidos de centro e direita, ainda que o PDT seja trabalhista e mais alinhado à esquerda.

Embora garanta que não tomou a decisão sobre concorrer ao governo do Estado, o presidente do Grêmio já deixou clara sua visão contrária à privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) e do Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul).  “Quanto deixou de captar a Corsan nesses últimos tempos? Pode não ter recursos no tesouro, mas se vai buscar financiamento, são obras que se pagam. Se tivermos uma grande capacidade de busca e captação de recursos junto aos órgãos federais, conseguimos estabelecer um belo programa de saneamento e de água”, disse…”

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