Tudo por 2010. Dirigir o Congresso vale até dar ministério a quem ameaça hegemonia governista
É simples: ter o controle político e administrativo das duas casas do Congresso é garantia de um mínimo de problemas ao governo, no ano eleitoral. Por isso, a base aliada faz o possível para colocar na presidência da Câmara dos Deputados e na do Senado alguém, digamos, confiável.
O roteiro montado pelas lideranças, a partir do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, significa o peemedebista Michel Temer na condução da Cãmara e o petista Tião Viana no Senado. Algumas variações são permitidas, inclusive uma troca de nomes. Mas jamais quem é, vamos dizer assim, incontrolável.
Estava indo tudo mais ou menos bem até que um parlamentar do dito baixo clero – que sobrevive às custas de favores pessoais e administrativos – no estilo Severino Cavalcanti (aquele) resolva ter ambições. Como se faz para conter essa circunstância, quando um tal de Ciro Nogueira (na foto de Wilson Dias, da Agência Brasil), que o mundo não conhece, resolve se agigantar? O jornalista Cláudio Humberto Rosa e Silva (cuja coluna é reproduzida em 40 jornais brasileiros, inclusive o gaúcho O Sul) explica uma das alternativas em estudo. Ou em implantação. Acompanhe:
Lula oferece ministério a Ciro
O presidente Lula autorizou os articuladores políticos do governo a oferecer um ministério, qualquer um, para que o deputado Ciro Nogueira (PP-PI) desista de sua candidatura à Presidência da Câmara dos Deputados para apoiar o candidato oficial, Michel Temer (PMDB-SP). Lula está disposto até mesmo a tirar o controle do Ministério das Cidades do ex-deputado Severino Cavalcanti e entregá-lo a Nogueira.
Desinteresse
Candidato considerado favorito à Presidência da Câmara, Ciro Nogueira não demonstra interesse na oferta do governo.
SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas pelo jornalista Cláudio Humberto Rosa e Silva.
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