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Opinião do sítio. Propor hoje o fim do Senado, ou mesmo sua redução, é covardia intelectual

Considero um ato de covardia intelectual defender o fim do Senado. É muito fácil, e pra lá de oportunista, propor a extinção dessa casa parlamentar, nesse instante específico de crise – inclusive porque não há novidade alguma nos costumes, digamos, heterodoxos que a mídia grandona resolveu, assim, de repente, tornar público. Como se fosse algo desconhecido.

 

Inclusive porque o fim do Senado, que historicamente defendo (invoco aqui o testemunho do amigo Antonio Candido Ribeiro, o Candinho, que sabe disso e até tem opinião contrária), não seria a solução para o tipo de problema que faz com que uns e outros, agora, queiram enterrá-lo no fogo do inferno.

 

Essa é uma discussão boa. Mas, pelo menos no que toca a mim, absolutamente fora de propósito no momento. Ela seria completamente comprometida pela emoção provocada pelas denúncias midiáticas. E não como algo digno de debate na sociedade, como tema de fundo para o aperfeiçoamento democrático.

 

Mas há, também, os argumentos mais sofisticados para justificar o oportunismo. Um deles está sendo explicitado pelo dândi Eduardo Suplicy, que hoje é mais um diletante que o militante importante para a derrubada do regime autoritário – inclusive pela classe social a que sempre pertenceu e nunca negou,. E é nessa condição, penso, de apaixonado e não de racional, que propõe remendar o Senado. Não é outra a idéia da redução do número de integrantes, entre outros quetais, como mostra reportagem muito boa publicada no sítio Congresso em Foco.  O texto é assinado pelo jornalista Fábio Góis. A foto (de José Sarney com Suplicy) é de Fábio Rodrigues Pozzebom, da Agência Brasil. Acompanhe:

 

“Suplicy defende redução do número de senadores

Parlamentar do PT se interessou por proposta que diminui de três para dois os representes de cada estado. Petista também quer acabar com suplentes sem voto e insiste no afastamento de José Sarney da presidência por um mês

O petista Eduardo Suplicy (SP) chegou ao Senado em 1991 depois de presidir a Câmara Municipal de São Paulo, onde aplicou um bem sucedido choque de moralização. Em Brasília, no papel de fiscalizador dos gastos públicos, o senador paulista esteve à frente de grandes investigações , como as Comissões Parlamentares de Inquérito que derrubaram Fernando Collor de Mello da Presidência da República, e desmantelaram a máfia dos “anões do orçamento”.

Quase duas décadas depois, Suplicy cumpre o terceiro mandato e o Senado atravessa uma crise sem precedentes, com envolvimento direto da cúpula Administrativa e de integrantes Mesa Diretora em sucessivos escândalos revelados pela imprensa. Obstinado na defesa de suas posições, o parlamentar do PT mais uma vez usa a tribuna para cobrar respeito com o uso do dinheiro público.

Suplicy foi um dos primeiros a pedir o afastamento de José Sarney (PMDB-AP) do cargo quando surgiram as ligações do presidente do Senado e de aliados com desmandos administrativos tornados públicos desde o início do ano…”

PARA LER A ÍNTEGRA, CLIQUE AQUI.

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, também outras reportagens publicadas pelo sítio especializado Congresso em Foco.

 

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