CAFÉ SEM LEITE. Divisão tucana tem origem na briga fraticida entre paulistas e mineiros

Bem, os nomes poderiam ser outros. Mas o fato objetivo é que há uma grande divisão no PSDB, o maior partido nacional de oposição. Não é algo novo, por certo, mas a disputa eleitoral sublimou as diferenças que, agora, após mais uma derrota no pleito para Presidente da República, toma corpo ainda maior.

E se sabe, inclusive, o fulcro da briga fraticida. Noves fora São Paulo e Minas Gerais (e agora, quem sabe, Paraná), o tucanato é periférico. Logo, é exatamente lá, naquelas províncias, que tudo fica muito claro (ou escuro, dependendo do ponto de vista). Acompanhe mais detalhes, na reportagem de Christiane Samarco, publicada n’O Estado de São Paulo. Confira:

“Disputa pelo poder abre crise interna no PSDB…

… A disputa de poder entre tucanos de São Paulo e de Minas Gerais ganhou contornos de batalha ostensiva. A entrevista do presidente do PSDB paulista, José Henrique Reis Lobo, ao ‘Portal do Estadão’, no final de semana, levou o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB), presidente dos tucanos mineiros, a reagir duramente: “Vão ter que nos engolir”.

Na entrevista, Reis Lobo contestou a tese da “refundação” do PSDB, ideia defendida pelo senador eleito Aécio Neves (MG). Ele também citou Aécio apenas como um nome em meio ao “conjunto de novas lideranças que emergiu das urnas” e defendeu que o candidato derrotado à Presidência José Serra terá papel político que extrapolará uma eventual candidatura à prefeitura de São Paulo em 2012.

Nárcio Rodrigues disse ao Estado: “Não reconheço no José Henrique Reis Lobo autoridade para tratar do projeto nacional para o partido”.

Depois acrescentou, mostrando que os tucanos mineiros consideram que não haverá prioridade política para Serra: “Fomos extremamente respeitosos à fila, concordando que em 2006 era a vez de Geraldo Alckmin (SP) e, em 2010, de Serra. Agora (2014) é a nossa vez (de Aécio)…”

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