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Análise. No que podem influenciar para 2010 os confrontos eleitorais nas comunas brasileiras

No último pleito municipal, o PT foi o maior vencedor, entre as prefeituras com mais de 200 mil eleitores. E foi muito bem nas cidades com pouco menos que isso de votantes – caso de Santa Maria, por exemplo. Mas, no total de municípios, o maior vitorioso foi o PMDB, que levou mais de mil prefeituras. O que isso tem a ver? Bem, os dois são os protagonistas do pleito santa-mariense, para começar. E a projeção, em nível nacional, da sucessão de Lula também está presente. Aqui? Provavelmente, não. Mas…

 

A propósito do próximo confronto eleitoral, sua importância para a luta política nacional e outras circunstâncias, sugiro a leitura do artigo de Carlos Lopes, analista da consultoria Santafé Idéias, em texto publicado na página do experiente jornalista político Etevaldo Dias. Acompanhe:

 

“Democracia dá autonomia às eleições municipais

A consolidação da democracia ajuda a situar as eleições municipais como um evento autônomo no calendário político-eleitoral, no qual reflexos da situação socioeconômica e impactos no pleito seguinte não devem ser descartados. A proximidade de outubro remete ao posicionamento de alguns dos principais partidos em relação ao pleito.

O PT é a sigla que mais claramente relaciona o desempenho eleitoral em outubro com as perspectivas para as eleições de 2010. A resolução do 3º Congresso Nacional do partido sobre eleições lembra o quanto foram importantes os prefeitos e vereadores na reeleição do presidente Lula e alerta para a necessidade de obtenção de vitórias significativas, considerando os ataques políticos que terão pela frente.

O partido tomou cuidados especiais no exame das alianças com partidos de fora da base de sustentação do governo, sendo o mais emblemático o de Belo Horizonte (MG), justo por envolver o governador mineiro Aécio Neves, um pré-candidato do PSDB às eleições presidenciais de 2010. Ao todo foram aprovadas 57 coligações e rejeitadas 44. A Executiva Nacional procedeu ao exame das cidades com mais de 200 mil eleitores, além de se manifestar sobre recursos das instâncias regionais.

O PT defende a preservação da coalizão governista, mas divergências entre a teoria e a prática fazem com que o partido lance candidaturas próprias, alguns com mínimas chances de vitória. De qualquer forma, na citada resolução recomenda-se a acumulação de forças, seja por meio de candidaturas, seja pela eleição de um bom número de vereadores, quando não for possível eleger o prefeito.

Em 2004 o PT elegeu 18 prefeitos em cidades com mais de 200 mil eleitores (foi o melhor nesse segmento), mas no geral venceu em 412 municípios. A expectativa é que o partido aumente o enraizamento nos pequenos e médios municípios, embora a performance nos grandes centros possa deixar a desejar.

Sem discriminação – Nas últimas eleições, o maior número de prefeituras foi conquistado pelo PMDB – 1.055 municípios. Nas cidades com mais de 200 mil eleitores foram nove as vitórias, a metade do que obteve o PT. Com uma estrutura descentralizada, os peemedebistas não discriminam alianças por questões de princípio. Reclamam do comportamento do PT e não alimentam a idéia de uma coligação eleitoral em 2010.

Considerando as eleições nas capitais, fontes do PMDB avaliam, preliminarmente, como boas as chances de Íris Rezende em Goiânia (GO), Nelson Trad em Campo Grande (MS) e José Fogaça em Porto Alegre (RS).”

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui, se desejar, outras notas publicadas por Etevaldo Dias.

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