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CULTURA. Enfim, o livro toma conta da Praça

Com a presença dos homenageados e com apresentação de teatro e grande público, o evento foi aberto esta amanhã, na Praça
Com a presença dos homenageados e com apresentação de teatro e grande público, o evento foi aberto esta amanhã, na Praça

Por RODRIGO RICORDI (texto) e GABRIEL HAESBAERT (foto), na versão online de A RAZÃO

Tudo começou com três atores criando uma cena que colocou os três homenageados da Feira do Livro no mesmo espaço e tempo. Uma ode ao ato de criar e escrever histórias e poesias. A frente do palco da praça Saldanha Marinho estava cheia de escritores, políticos e artistas, que ouviam poesias declamadas por uma atriz. Em seguida a cerimônia levou os homenageados, a secretária de Cultura Marília Chartune e o prefeito Cezar Schirmer.

A homenagem póstuma à professora Ruth Larré foi feita pelo seu viúvo, José Bicca Larré, que agradeceu a lembrança de sua companheira de vida, seguido de um registro audiovisual, que Ruth declama um poema de Margarida Lopes. O professor homenageado, o cartunista Maucio, agradeceu o convite, e contou sobre como recebeu a notícia de que seria homenageado e a importância disso, sendo intitulado professor homenageado. “Eu nasci cartunista e me transformei em professor, e pensei que me transformei professor lembrando de todos os professores que já tive. E a esses cem professores que tive é a quem dedico essa homenagem. Eu precisei de cem professores, mil livros e alunos para me tornar professor”, declarou.

Eros Roberto Grau, o patrono da Feira, citando um poema de Felipe D’Oliveira, descreveu a época de seu nascimento, na Avenida Ipiranga e suas mudanças e andanças pela cidade. “Uma coisa fundamental que eu posso dizer na minha vida com orgulho é que nasci em Santa Maria”, declarou poeticamente. De uma forma criativa e surpreendente, Grau agradeceu a homenagem com um longo poema descrevendo a cidade, seus pontos tradicionais e personagens marcantes da cultura Santa-mariense e do Brasil como Edmundo Cardoso, Prado Veppo, Felipe D’Oliveira, Padre Caetano, Álvaro Moreira, Tarsila do Amaral, Manoel Bandeira. “Uma coisa puxa a outra e lá vou eu, pelo tempo, como uma novela, me encontro aqui encontrando meus próximos, meus parentes, meus tios, meu pai”, cita Eros Grau misturando poesia e realidade, como se na Feira, os personagens da história se misturassem com os personagens de hoje.

“Se eu tivesse algo para ensinar seria a humildade e a simplicidade. Simples como o olhar dos animais mais pequeninos sobre a mãe terra. Eu proporia a não tomarmos partido da nossa singularidades como mais importante. Por isso eu tentaria ensinar a humildade, não, não, eu não ensinaria, não faria nada senão tentar ensinar, pois já não é humilde se propor a ensinar, ser humilde é também partilhar, se movimentar para construir um mundo justo. Ser humilde é saudar a possibilidade de participarmos de um mundo de igualdade, onde nenhuma criança sinta frio e os velhos não sofram com o abandono. Que caminhemos juntos por aqui, eu nasci em Santa Maria. Muito Obrigado”, finalou seu texto para ser aplaudido pelo público em pé.

A secretária de Cultura Marília Chartune destacou o tamanho da Feira do Livro. Agradeceu aos homenageados e suas realizções e também aos realizadores, escritores, livreiros e freqüentadores da Feira do Livro, desejando que a parceira seja duradoura e de muito sucesso.

O prefeito Cezar Schirmer em seu discurso declarou sua admiração aos homenageados  “A Feira do Livro tem a altura da nossa cultura, se destacando entre outras feiras de nosso Estado”, iniciou a fala. Em seguida se dirigiu aos homenageado, iniciando por Maucio, professor homenageado. “Esta escolha (de haver professores homenageados) deu a dimensão que cultura e educação caminham juntas, porque foi possível testemunhar sempre a escolha de um professor que tenha sido o destaque no campo da educação, formando cidadãos. Por isso, minha homenagem aos professores de Santa Maria na pessoa do professor Maucio”, declarou.

O prefeito dedicou boa parte de sua falar para homenagear e elogiar o patrono Eros Grau. “Este homem é tão extraordinário e humilde que me perguntou se tinha falado demais, e eu disse que falou de menos, queríamos ficar ouvindo suas manifestações de amor a esta cidade. Eros Grau é um cidadão do mundo, com alma de poeta e coração santa-mariense. Suas palavras nos deram noção do tamanho e da grandeza de Santa Maria, que é, sempre foi e sempre será uma grande cidade. Nossa cidade muitos vezes é pródiga na crítica e escassa nos elogios, mas quem sabe agora, estamos começando a nos valorizar, valorizando nosso maiores, como Eros Grau”, finalizou Cezar Schirmer.

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