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Inflação em SM. Comunicação, transporte e vestuário registram os maiores aumentos de outubro

O Núcleo Econômico de Pesquisa e Extensão do Curso de Economia da Unifra divulgou ontem, no final da tarde, o índice de evolução do custo de vida em outubro, na boca do monte. Como informei aqui, perto das 9 e meia da noite, O NEPE registrou uma elevação de 0,24% nos preços de bens e serviços pesquisados. No acumulado do ano, a elevação alcançou 4,65%. Computados os últimos 12 meses, a inflação em Santa Maria alcança 5,79%.

 

Considerados os números de outubro – no trabalho coordenado pelo professor José Maria Pereira, com a coordenação de Estatística de Valduino Estefanel e a análise econômica de Herton Castiglioni Lopes, Marcelo Arend e Ana Monteiro Costa – percebe-se que são três os setores responsáveis pelos maiores aumentos durante o mês. E, em grande parte, responsáveis pelo índice de 0,24%.

 

Comunicação (que inclui, por exemplo, os telefones celulares, que aumentaram 8,4%, o maior do grupo), com 2,33%; Vestuário (as saias femininas, com 7,7% são o item que mais encareceu), com 0,50% e Transporte (as tarifas interestaduais, 10,5% foram as grandes vilãs) puxaram a média para cima.

 

Os menores reajustes constatados no mês passado, em Santa Maria, foram registrados nos grupos Educação (0,08%), Despesas Pessoais (0,02%) e Artigos de Residência (0,01%) – eles beiraram, convenhamos, a estabilidade. Melhor que isso, mesmo, e digno de registro, é o fato de os produtos de Alimentação apresentarem deflação de 0,78%. E, atenção: os itens alimentares, juntos, significam nada menos que ¼ do total do índice. Junto com Habitação, que teve um acréscimo, em outubro, de 0,14%, também inferior ao acréscimo médio mensal. Completando os grupos de bens e serviços pesquisados pelo NEPE temos os bens e serviços de Saúde e Cuidados Pessoais, que variaram 0,30% para cima.

 

Como apontaram os analistas do NEPE, no Boletim disponível na internet (confira, mais abaixo, a sugestão de leitura), “diferentemente do que se observou no primeiro semestre do ano, quando as variações nos preços médios foram mais significativas, o cálculo do ICVSM vem mostrando, nos últimos meses, uma redução no ímpeto das remarcações dos preços dos bens e serviços.” E isso, convenhamos, é muito bom para a população, que tem um custo de vida mais, digamos, aceitável. Mas que é razoavelmente maior do que a média nacional – o que não é um dado assim tããão bom.

 

Para ficarmos com apenas dois, o IPC da FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) registrou 0,08% em outubro e, no acumulado do ano, 3,05%. Ah, na verdade, a FIPE pesquisa preços apenas em São Paulo que, nesse caso, é “abrasileirada”. E o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor-Amplo), medido pelo IBGE  e compreendendo itens que são consumidos por famílias com renda que vai de 1 a 40 salários mínimos, mostrou uma variação de 0,24% no mês passado. E, no acumulado do ano, 3,40%.

 

EM TEMPO: O Índice do Custo de Vida medido pelo NEPE do curso de Economia da Unifra é pioneiro em Santa Maria. E acompanha o preço de mil itens em bens e serviços consumidos por famílias com renda de até 8 salários mínimos mensais.

 

 

SUGESTÃO DE LEITURA – confira aqui a íntegra do Boletim do ICVSM, produzido pelo Núcleo Econômico de Pesquisa e Extensão do curso de Economia da Unifra. Além da análise detalhada do ICVSM, em todos os grupos pesquisados, você encontra também dois artigos pra lá de interessates:  “Invasão estrangeira e remessa de lucros” e “A paz e a preservação do planeta”.

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