Fraude do Detran. Confira aqui os nomes dos 44 denunciados pelo Ministério Público Federal
Chegou ontem à juíza federal Sílvia Barbisan Fortes, em Santa Maria, a denúncia do Ministério Público Federal, relativa ao inquérito produzido pela Polícia Federal, que apurou fraude no Detran-RS. O prejuízo estimado aos cofres públicos chega a R$ 44 milhões, no mínimo. O trabalho dos federais se consumou na conhecida Operação Rodin, deflagrada em 6 de novembro do ano passado, causando forte comoção em Santa Maria dado o envolvimento de instituições conhecidas na cidade, como a Fatec e a Fundae, fundações ligadas à UFSM.
Os federais indiciaram 39 pessoas. Delas, o MPF retirou dois nomes, Ipojucan Seffrin Custódio, suposto dono de sistemista ligada à Pensant, e Mario Jaime Gomes de Lima, funcionário da mesma Pensant. E incluiu outros sete, não citados no relatório da PF. Com isso, chega-se ao número 44. De novidade, no caso de Santa Maria, é a denúncia contra um advogado, Rafael Hoher, e de Eduardo Wegner Vargas, filho do conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas – ex-prefeito de São Sepé e ex-deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa.
Agora, a magistrada federal vai analisar o trabalho do Ministério Público – são centenas de páginas, entre o relatório e o material apensado. Depois disso, decidirá se aceita a denúncia e contra quem e por quais crimes. Só então o caso que movimenta Santa Maria e o Estado há mais de seis meses se tornará, de fato, um processo. E os denunciados, réus – com amplo direito a defesa. Por enquanto, nenhum deles está nessa condição.
Os jornais do Estado trazem, nesta sexta-feira, ampla cobertura. Recomendo a leitura de todos eles: A_Razão , Zero_Hora e Diário_de_Santa_Maria. Quanto a este (nem sempre) humilde sítio de internet, afora o constrangimento apontado na cidade, e as sérias dúvidas pessoais quanto a alguns dos denunciados (sem conhecer prova alguma, é bom ressalvar), tem o dever jornalístico de publicar o nome de todos. Como tem feito, aliás, desde aquele terrível 6 de novembro. É o que você lê abaixo.
CONFIRA A RELAÇÃO:
– Alexandre Dorneles Barrios, advogado do Detran na gestão de Carlos Ubiratan dos Santos e da NT Pereira, empresa sistemista,
– Alfredo Pinto Telles – sócio da Newmark Tecnologia
– Antônio Dorneu Cardoso Maciel – ex-diretor da CEEE e ex-tesoureiro-geral do PP.
– Carlos Dahlem da Rosa – Dono do escritório Carlos Rosa Advogados Associados
– Carlos Ubiratan dos Santos – Diretor-presidente do Detran entre 2003 e 2006.
– Cenira Maria Ferst Ferreira, irmã do empresário e lobista Lair Ferst
– Damiana Machado de Almeida – Sócia da Pakt, empresa sistemista
– Dario Trevisan de Almeida – Professor da UFSM e coordenador da Fatec.
– Denise Nachtigall Luz – Sócia do escritório Nachtigall Advogados Associados
– Eduardo Redlich João – Identificado como laranja de Lair Ferst
– Eduardo Wegner Vargas, filho do conselheiro João Luiz Vargas, presidente do Tribunal de Contas do Estado
– Elci Terezinha Ferst – Sócia da Newmark Tecnologia da Informação, Logística Marketing
– Ferdinando Francisco Fernandes – Sócio da Pensant
– Fernando Fernandes – Filho de José Fernandes
– Fernando Osvaldo de Oliveira Junior – Sócio da Pakt, empresa sistemista
– Flávio Vaz Netto – Era diretor-presidente do Detran quando a Operação Rodin foi deflagrada.
– Francene Fernandes Cardoso – Filha de José Fernandes, dono da Pensant
– Francisco José de Oliveira Fraga (Chico Fraga) Secretario Municipal em Canoas
– Gilson Araújo de Araújo – Servidor do Detran
– Hélvio Debus de Oliveira Souza – Contador
– Hermínio Gomes Junior – Diretor do técnico do Detran
– José Antônio Fernandes – Sócio da Pensant Consultores, apontado como um dos mentores da fraude milionária
– Jorge Alberto Viana Hossler
– Lair Antônio Ferst – Empresário, ex-coordenadora da bancada do PSDB na Assembléia.
– Lenir Beatriz da Luz Fernandes – Mulher de José Fernandes
– Luciana Balconi Carneiro – Funcionária da Fatec, é sócia da Pakt, subcontratada pela Fundae para prestar serviços ao Detran
– Luiz Carlos de Pellegrini – Dirigia a Fatec quando a Rodin foi deflagrada
– Luis Felipe Tonelli de Oliveira, sócio de uma das empresas de Lair Ferst
– Luiz Gonzaga Isaía – Presidia a Fundae
– Luiz Paulo Rosek Germano – Prestador de serviços do escritório Carlos Rosa Associados e irmão do deputado federal José Otávio Germano
– Marco Aurélio da Rosa Trevizani – Contador de Lair Ferst
– Marilei de Fátima Brandão Leal – Sócia da Pakt, empresa sistemista
– Nilza Terezinha Pereira – Dá nome à empresa NT Pereira, umas das sistemistas e que seria de fato de propriedade de Carlos Ubiratan dos Santos e de sua mulher, Patricia
– Patricia Jonara Bado dos Santos – Mulher de Carlos Ubiratan dos Santos. Era administradora da NT Pereira
– Paulo Jorge Sarkis – Ex-reitor da UFSM
– Pedro Luiz Saraiva Azevedo – Dono da empresa PLS Azevedo
– Rafael Höher, filho do contador Rubem Höher, ex-coordenador do projeto do Detran na Fundae,
– Ricardo Höher – Filho de Rubem Höher
– Ronaldo Etchechury Morales – Ex-presidente da Fatec
– Rosana Ferst – Era sócia da Rio del Sur, subcontratada pela Fatec
– Rosmari Greff Ávila Silveira – Servidora da Universidade Federal de Santa Maria
– Rubem Höher – Coordenador do projeto Detran junto à Fundae e Sócio da Doctus,
– Sérgio de Moraes Trindade, funcionário de uma das empresas de Lair Ferst.
– Silvestre Selhorst – Secretário-executivo da Fatec
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